‘Precisamos falar do assédio’ estreia nesta quinta, 13, no Cine Metrópolis

13/10/2016 - 14:52  •  Atualizado 14/10/2016 18:02
Compartilhe

Depois das hashtags #meuprimeiroassédio, #meuamigosecreto e #agoraéquesãoelas terem ganhado as redes sociais, ficou claro que as mulheres querem falar cada vez mais sobre os assédios dos quais são vítimas. O documentário Precisamos falar do assédio, que estreia nesta quinta-feira, 13, no Cine Metrópolis, nasceu nesse contexto, e traz o depoimento de 26 mulheres que quiseram compartilhar suas histórias.

O filme tem direção de Paula Sacchetta e foi produzido em uma van-estúdio, que parou em nove locais em São Paulo e no Rio de Janeiro com objetivo de coletar depoimentos de mulheres vítimas de qualquer tipo de assédio. O projeto ouviu 140 mulheres, com idade entre 14 e 85 anos, tanto em bairros nobres quanto na periferia das cidades, e resultou no longa-metragem e em um site.

Na próxima semana, o Cine Metrópolis também recebe a Red Doctubre, mostra de documentários latino-americanos, com sessões na segunda e terça-feira, dias 17 e 18, às 14h30 e às 15 horas. Serão exibidos oito documentários, todos com entrada franca.

Continuam em cartaz os filmes Stonewall - Onde o Orgulho Começou e Aquarius. A programação completa pode ser conferida abaixo. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), e estudantes da Ufes têm entrada gratuita. Já servidores técnico-administrativos e docentes pagam meia-entrada.

Mais informações no site www.cinema.ufes.br

 

Confira a programação abaixo:

Precisamos Falar do Assédio, de Paula Sacchetta (Brasil, 2016, cor, 80’)

Na semana da mulher, de 7 a 14 de março de 2016, uma van-estúdio parou em nove locais em São Paulo e no Rio de Janeiro. O objetivo era coletar depoimentos de mulheres vítimas de qualquer tipo de assédio. Ao todo, 140 decidiram falar.

Quinta-feira (13), às 19h30
Sexta (14) a terça-feira (18), às 18h20
Quarta-feira (19), às 18h15

 

Stonewall: Onde o Orgulho Começou (Stonewall), de Roland Emmerich (EUA, 2015, cor, 129’)

No fim dos anos 1960, um adolescente começa a descobrir novas ideias políticas e as dificuldades da vida adulta, às vésperas da rebelião de Stonewall, quando lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros enfrentaram a polícia de Nova York.

Quinta-feira (13), às 17h10
Sexta (14) a terça-feira (18), às 19h50
Quarta-feira (19), às 16 horas

 

Aquarius, de Kleber Mendonça Filho (Brasil/França, 2016, cor, 144’)

Clara (Sonia Braga) mora de frente para o mar no Aquarius, último prédio de estilo antigo da Av. Boa Viagem, no Recife. Jornalista aposentada e escritora, viúva com três filhos adultos, ela irá enfrentar as investidas de uma construtora que tem outros planos para aquele terreno: demolir o Aquarius e dar lugar a um novo empreendimento.

Quinta-feira (13), às 14h40
Sexta-feira (14) a domingo (16), às 15h50
Quarta-feira (19), às 19h40

 

Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Bruno Barreto (Brasil, 1975, cor, 120’)
Curso Uma História do Cinema Brasileiro, com o professor Fabio Camarneiro

Durante o carnaval de 1943 na Bahia, Vadinho morre repentinamente e sua mulher, Dona Flor, fica inconsolável. Mas, após algum tempo ela se casa com Teodoro Madureira, um farmacêutico que é exatamente o oposto do primeiro marido. Ela passa a ter uma vida estável e tranquila, mas tediosa e, de tanto "chamar" pelo primeiro marido, um dia aparece ele nu na sua cama.

Exibição seguida de aula. Entrada Franca
Sexta-feira (14), às 13 horas

 

Triste Trópico, de Arthur Omar (Brasil, 1974, cor, 80')
Congo, de Arthur Omar (Brasil, 1972, preto e branco, 12')
Curso Arte e Cinema sob a Perspectiva do Político, com a professora Gisele Barbosa Ribeiro

Triste Trópico (título que faz alusão ao livro de Claude Lévi-Strauss) conta a trajetória do médico Arthur que, após estudar na Europa, volta ao Brasil e acaba se transformando em uma figura messiânica.

Congo se propõe a ser um “filme em branco”, uma crítica do olhar colonizador da Antropologia, a qual reduziria a violência inerente às práticas populares a simples descrições científicas.

Exibição seguida de aula. Entrada Franca
Quarta-feira (19) às 13 horas

 

Red Doctubre – Mostra de Documentários Latinoamericanos

Campo de Jogo, de Eryk Rocha (Brasil, 2014, cor, 70’)

No Rio de Janeiro, perto do mítico estádio Maracanã, encontramos o campo popular do bairro Sampaio. Lá acontece o futebol como expressão genuína da cultura brasileira. Disputado aos domingos, o campeonato anual de favelas reúne 14 times. Cada um representa as cores e os rituais de sua comunidade.


Memín: Crônica de um Boxeador (Memín: Crónica de un Boxeador), de Rodrigo Álvarez Flores (México, 2014, cor, 16’)

Carlos Memín é um jovem boxeador profissional que acredita que a fórmula para ganhar nos ringues é o espírito de campeão. Anteriormente delinquente juvenil, agora um devotado esportista, Carlos nos apresenta sua luta no esporte e na vida.

Segunda-feira (17), às 14 horas
Entrada franca

 

Uma Inquisição Silenciosa (Una Inquisición silenciosa), de Alessandra Zeka e Holen Sabrina Kahn(Nicarágua/EUA, 2014, cor, 66’)

Em um hospital público da Nicarágua, a doutora Cerrato luta com sua consciência em uma batalha contra as implicações de uma nova lei que proíbe o aborto, inclusive em casos de violação, incesto ou para salvar a vida de uma mulher. Ela e suas colegas navegam entre a perseguição e a determinação de usar os protocolos médicos que lhes permitem salvar vidas.


Causa Vitae Curriculum Mortis, de Lucas Scandura (Brasil, 2014, cor, 5’)

O diagnóstico de uma vida inteira ou de uma vida que está por vir? A falta de Deus ou o êxito da maldade? Doente ou abençoado?

Segunda-feira (17), às 15h30
Entrada franca

 

Casa Branca (Casa Blanca), de Aleksandra Maciuszek (Polônia/México, 2015, cor, 60’)

No bairro pesqueiro de Casa Blanca, Nelsa, uma mulher de 70 anos, vive com Vladimir, seu filho com Síndrome de Down. A responsabilidade de Vladimir com Nelsa entra em conflito com seu desejo de hombridade, independência e respeito no bairro. Ela, por outro lado, poderia enviá-lo a um centro de atenção, mas respeitou o desejo do filho e enfrentou as pessoas que tentam separá-los.


Pé de Página (Pie de página), de Paola Ovalle e Alfonso Díaz Tovar (México, 2014, cor, 9’)

Os desaparecidos no México se tornaram a nota de pé de página que incomoda e interrompe o relato imaginário de sua democracia e progresso. Esse curta-metragem documental expõe as ruínas de três lugares desenhados e construídos pelo crime organizado para desintegrar corpos humanos e depositar seus restos.

Terça-feira (18), às 14 horas
Entrada franca

 

Entre o Sagrado e o Profano (Entre lo sagrado y lo profano), de Pablo Márquez (México, 2014, cor, 78’)

Uma exploração visual e antropológica do espírito dos homens por meio da linha tênue que divide a fé excessiva em suas crenças religiosas e a paixão com que se entregam aos prazeres mundanos em uma cidade que convive harmoniosamente com seu duplo moral. Religião, fé, política, violência e morte estão intimamente conectadas nesse retrato social.


“Os Invisíveis” (Los Invisibles), de Edgar Álvarez (Colômbia, 2014, cor, 7’)

Os Invisíveis usa como cenário as ruas da cidade de Los Angeles e mostra, por meio de vários personagens, um dia na vida das pessoas desabrigadas. Os que sobrevivem ou vivem em outra realidade, produto de sua loucura, jovens com um sonho americano falido, veteranos de guerra, viciados em drogas sem família, vítimas da crise econômica ou anímica.

Terça-feira (18), às 15h30
Entrada franca

 

Texto: Patrícia Garcia
Edição: Thereza Marinho