Coletiva: Ufes e Seama assinam convênio para estudo sobre febre amarela

02/03/2017 - 12:21  •  Atualizado 03/03/2017 12:08
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Com o objetivo de investigar os aspectos biológicos e ambientais relacionados à febre amarela que está atingindo o Espírito Santo, um grupo de pesquisadores da Ufes propôs à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Seama) a realização de um aprofundado estudo, com especial atenção na forma como a doença está se espalhando e sua relação com a morte de macacos e a infecção de mosquitos.
 
O convênio tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), e será assinado nesta sexta-feira, 3 de março, às 9 horas, com a presença do reitor Reinaldo Centoducatte, do secretário estadual de Meio Ambiente Aladim Cerqueira, e do coordenador do projeto e professor do Departamento de Ciências Biológicas da Ufes Sérgio Lucena. A assinatura ocorrerá na sala dos Conselhos Superiores, localizada no prédio da Reitoria, no campus da Ufes em Goiabeiras. Logo depois será concedida uma entrevista coletiva à imprensa.
 
Força-tarefa
 
A Universidade, por meio do Projeto Muriqui , vem realizando estudos nesta área há mais de dez anos e, desde o início do recente surto de febre amarela que vem afetando o estado, têm participado da força-tarefa por diversos municípios, recolhendo amostras e alertando a população sobre os riscos e a prevenção à doença.
 
O que será realizado a partir de agora é um aprofundamento na identificação das localidades em que primatas estão morrendo; a coleta de amostras de vísceras e carcaças de animais para testes; a coleta de mosquitos transmissores do vírus; a adoção de medidas preventivas e ações de conservação visando à recuperação das populações de primatas; e a difusão de informações que esclareçam a população sobre a natureza desses eventos e a importância da preservação dos macacos.
 
O projeto envolve professores, técnicos, pesquisadores e estudantes das áreas de Biologia e Saúde da Universidade, e conta com a parceria de entidades como as secretarias estaduais de Meio Ambiente (Seama) e de Saúde (Sesa), do Museu Mello Leitão, do Instituto Evandro Chagas e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
 
Como principal impacto, segundo o professor Sérgio Lucena, “o projeto espera que, considerando o ineditismo e peculiaridades do atual surto de febre amarela e a possibilidade de o estudarmos ao longo de seu desenvolvimento, esperamos dar contribuições inéditas sobre a ecologia desses fenômenos, que possam ajudar a prevenir eventos semelhantes no futuro, de maneira a contribuir com a saúde pública e a conservação de espécies de primatas impactadas”.