Com 26 votos, Ethel Maciel lidera a lista tríplice definida pelo Colégio Eleitoral da Ufes

05/12/2019 - 18:18  •  Atualizado 09/12/2019 11:08
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O Colégio Eleitoral da Ufes, composto pelos três conselhos superiores, escolheu na tarde desta quinta-feira, 5, a lista tríplice com os nomes dos professores indicados aos cargos de reitor e vice-reitor para o quadriênio 2020-2024. A professora e vice-reitora Ethel Leonor Noia Maciel, com 26 votos, recebeu a maior votação. Na sequência, os professores Paulo Sérgio de Paula Vargas e Rogério Naques Faleiros foram os mais votados, recebendo 16 votos cada um. Assim, a lista tríplice a ser encaminhada ao Ministério da Educação é composta pelos professores Ethel Maciel, em primeiro lugar; Paulo Vargas, em segundo (o critério de desempate foi o maior tempo de serviço na instituição); e Rogério Faleiros.

A maioria de votos obtida por Ethel Maciel confirmou o resultado da consulta informal à comunidade universitária, realizada no dia 6 de novembro, que havia indicado a professora com 67,5% dos votos.

Também foram votadas para o cargo de reitor a professora Gláucia Rodrigues de Abreu, que obteve 12 votos, e a professora Surama Azevedo Freitas, com um voto. Ao final, foram totalizados 71 votos, o que significa que os 71 conselheiros, representando os três segmentos acadêmicos – professores, servidores técnicos e estudantes – participaram da votação.

Na escolha dos nomes para o cargo de vice-reitor, o Colégio Eleitoral aprovou, por maioria, o nome do professor Roney Pignaton da Silva, que obteve 30 votos. Em seguida, os mais votados foram os professores Gustavo Henrique Araújo Forde, com 16 votos, e a professora Cláudia Maria Mendes Gontijo, com 13. O professor Alvim Borges da Silva Filho alcançou nove votos e o professor Marcelo Suzart de Almeida não recebeu votos. Houve ainda três votos em branco.

O Colégio Eleitoral que se reuniu nesta quinta-feira é formado pelos membros dos conselhos Universitário; de Ensino, Pesquisa e Extensão; e de Curadores. A votação foi uninominal, ou seja, cada integrante do Colégio Eleitoral votou em um candidato a reitor e, separadamente, em um candidato a vice-reitor. Com a definição da lista tríplice, os três nomes indicados para o cargo de reitor serão encaminhados ao Ministério da Educação para posterior nomeação pela Presidência da República.

Legalidade

A sessão conjunta foi presidida pelo reitor Reinaldo Centoducatte, que destacou a legalidade do processo: “A Universidade Federal do Espírito Santo seguiu estritamente o que preconiza a lei para a elaboração da lista tríplice, o decreto que a regulamenta, a instrução normativa e o regimento da Universidade. No processo de elaboração da lista, seguimos a legislação, fazendo uma votação uninominal. E seguimos o regimento da Universidade, que preconiza que a votação deve ser secreta, e a votação foi secreta. Todos os aspectos da legislação e da regulamentação interna da Ufes foram atendidos”.

O reitor reforçou ainda que a consulta feita à comunidade acadêmica no dia 6 de novembro não foi vinculante: “Acreditamos que os conselheiros tenham se sensibilizado com o que foi expresso pela comunidade universitária e referenciaram essa escolha, o que é uma prática histórica da nossa Universidade. Esperamos que a escolha (do Governo Federal) seja a mesma que a Universidade fez na consulta, e que o Colégio indicou como primeiro nome que, no caso, é o da professora Ethel”.

Primeira mulher

A votação do Colégio Eleitoral ocorrida nesta quinta-feira marcou a primeira vez que uma professora é escolhida para ocupar a reitoria da Ufes. A professora Ethel Maciel, atual vice-reitora, comemorou a vitória: “Este é um momento histórico, sou a primeira mulher eleita em 65 anos! Esse momento é de celebrar e agradecer a todos pela confiança. Ter o reconhecimento de parte significativa da comunidade foi muito importante para mim”.

Ela destacou que deseja realizar uma gestão pautada na humanização e na busca pela inovação: “Nós vamos fazer uma mudança, buscando a humanização dos processos de trabalho. Queremos também inovar a instituição, torná-la cada vez mais eficiente. A ideia é associar a eficiência e a humanização”.

O professor Paulo Vargas, segundo colocado da lista, também agradeceu pela votação recebida e falou sobre o que considera os principais desafios no cenário atual: “Temos uma preocupação muito grande em garantir que a Universidade continue se desenvolvendo e obtendo uma posição cada vez melhor nos rankings, como tem acontecido nesses últimos anos. Um desafio importante é garantir a autonomia da Universidade e, sobretudo, viabilizar a sua gestão do ponto de vista financeiro”.

Já o professor Rogério Faleiros declarou: “É uma honra ter sido votado pelo Colégio Eleitoral para compor essa lista. Acreditamos em uma universidade socialmente referenciada e entendemos que a universidade é um veículo de transformação social e de combate às desigualdades sociais. Portanto, é uma instituição estratégica para o desenvolvimento do Espírito Santo e do Brasil”.


Texto: Luiz Vital e Thereza Marinho
Foto: Ana Paula Vieira