Comissão de Acessibilidade inicia plano para contemplar pessoas com deficiências

05/09/2018 - 17:36  •  Atualizado 12/09/2018 11:59
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A Comissão de Acessibilidade começa a definir um plano que objetiva contemplar as pessoas com deficiências na Ufes. Instalação de plataformas elevatórias em locais prioritários, construção de novas calçadas, aquisições de equipamentos acessíveis para laboratórios de informática e bibliotecas, sinalização visual e inclusão digital são as principais propostas do Plano de Ações Emergenciais de curto, médio e longo prazo, anunciadas pela comissão criada pela Administração Central. Inicialmente, as ações serão no campus de Goiabeiras, e depois direcionadas para os demais campi.

Uma campanha institucional de inclusão da pessoa com deficiência no ambiente acadêmico também está sendo desenvolvida. Diferentes peças já podem ser visualizadas no portal da Ufes e nas redes sociais da Universidade. A campanha busca criar uma atmosfera de acolhimento que envolva toda a comunidade universitária. Com a implantação da reserva de vagas para pessoas com deficiências, a Ufes avalia que este número será ampliado significativamente nos próximos semestres na comunidade universitária.

De acordo com a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), a Universidade possui, neste semestre, 362 estudantes com deficiência, sendo 136 com necessidades especiais. Desse total, 133 estudantes informaram ter deficiência física; 127, deficiência visual; 51, auditiva; 43, intelectual; e, oito, deficiências múltiplas.

A Comissão de Acessibilidade é presidida pelo professor do Centro de Educação e coordenador do Núcleo de Acessibilidade da Ufes (NaUfes), Douglas Christian Ferrari de Melo. Segundo ele, a comissão tem a função estratégica de reunir diferentes setores para a definição do plano de ações. Sobre o envolvimento da comunidade universitária na questão da acessibilidade, ele diz: “o determinante é a abertura que cada um – professor, técnico e estudante – deve ter para o acolhimento do outro que é diferente de mim”.

De acordo com o professor Douglas Ferrari Melo, esta é uma questão de acessibilidade atitudinal. Ele menciona também algumas práticas que devem fazer parte do cotidiano das pessoas, como não estacionar em vagas reservadas, deixar os banheiros com acessibilidade para uso exclusivo da pessoa com deficiência, ajudar alguém quando solicitado, e outras ações. Douglas Ferrari acentua que as pessoas devem ter a acessibilidade como prioridade no seu dia a dia, e defende ações institucionais na universidade e políticas públicas mais consistentes direcionadas para a pessoa com deficiência.


Texto: Luiz Vital
Edição: Thereza Marinho