Infecções sexualmente transmissíveis é tema de roda de conversa nesta terça-feira, 15

14/10/2019 - 15:04  •  Atualizado 15/10/2019 18:40
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IST, Prevenção e Sexualidade: precisamos falar sobre isso é o tema da roda de conversa que será realizada nesta terça-feira, 15, das 13 às 15 horas, no Anfiteatro 2 do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), no campus de Goiabeiras (em cima da cantina do Honofre). O objetivo é informar e compartilhar conhecimento sobre o diagnóstico, a prevenção e o tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).

Participarão da conversa representantes do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com a Aids (RNP), com apoio do Fórum LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) do Espírito Santo.

A roda de conversa faz parte do projeto Ações afirmativas na prevenção de DST/Aids na Universidade, desenvolvido pela Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Cidadania (Proaeci).

Testes gratuitos

Em parceria com a Sesa, a Prefeitura Municipal de Vitória (PMV), o Grupo Orgulho Liberdade e Dignidade (Gold) e a Associação Capixaba de Redução de Danos (Acard), o projeto realizará também testes gratuitos para diagnóstico da infecção por HIV e sífilis nos dias 16, 17 e 23 deste mês, nos campi de Goiabeiras e de Maruípe, nos seguintes horários e locais: dia 16, das 16 às 20 horas, e dia 17, das 11 às 15 horas, na área externa do Centro de Vivência, campus de Goiabeiras; no dia 23, das 11 às 14 horas, os testes serão realizados no Parada Cardíaca, próximo ao Restaurante Universitário do Centro de Ciências da Saúde (CCS), campus de Maruípe. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3145-5358.

Segundo informações médicas, as infecções sexualmente transmissíveis são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas principalmente por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal), sem o uso de preservativo masculino ou feminino, com uma pessoa que esteja infectada. O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento e o tratamento são gratuitos nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

Doenças

Estima-se que 866 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil. De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids divulgado no final do ano passado pelo Ministério da Saúde, a epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção de casos em torno de 18,3 casos para cada cem mil habitantes. Isso representa 40,9 mil casos novos, em média, nos últimos cinco anos.

Em relação à sífilis, em 2016, o número passou a ser de 58,1 casos para cada cem mil pessoas. A soma de todos os casos notificados no Brasil em 2017 é 119.800. Os dados são do Boletim Epidemiológico de Sífilis de 2018, divulgado pelo Ministério da Saúde.

No Espírito Santo, em 2017, foram notificados 3.706 casos de sífilis adquirida, 1.596 casos em gestantes e 734 casos de sífilis congênita. O número de casos de sífilis adquirida apresentou um quantitativo 2,5 vezes maior se comparado aos números de 2012 (1.469). O estado possui a segunda maior taxa de detecção de sífilis adquirida no cenário nacional, com 87,9 casos para cada cem mil habitantes, atrás apenas do Rio Grande do Sul.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sífilis atinge mais de 12 milhões de pessoas em todo o mundo e sua eliminação continua a desafiar globalmente os sistemas de saúde. Entre os motivos para o aumento de casos, está a falta de informação sobre a doença, que pode causar danos cerebrais irreversíveis e levar à morte, se não for tratada com antecedência.

Em relação à aids, segundo dados do Programa das Nações Unidas sobre HIC/Aids (Unaids), são 33 milhões de pessoas com a doença no mundo.


Texto: Jorge Medina
Edição: Thereza Marinho