Missão do Ministério da Cultura apresenta à Ufes programa nacional de qualificação para o setor

15/04/2024 - 18:37  •  Atualizado 16/04/2024 10:43
Texto: Sueli de Freitas     Edição: Thereza Marinho
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Foto da reunião, realizada no Cine Metrópolis, com todos os participantes sentados nas cadeiras do cinema

O Programa Nacional de Formação e Qualificação para o Mundo do Trabalho em Cultura do Ministério da Cultura (MinC) foi apresentado à Ufes na última sexta-feira, 12, pelo diretor de Políticas para os Trabalhadores da Cultura, da Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic) do MinC, Deryk Santana, e pelo consultor do Ministério Rafael Fontes. Eles foram recebidos pelo pró-reitor de Políticas Afirmativas e Assistência Estudantil (Propaes), Antônio Carlos Moraes, e pelo secretário de Cultura da Ufes, Rogério Borges, e sua equipe. Também participou da reunião a assistente da Secretaria de Cultura do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) Niciane Castro.

Santana afirmou na reunião que sua diretoria tem quatro missões que visam combater a precariedade das condições de trabalho, as baixas remunerações, a alta informalidade e a baixa formação dos profissionais da área cultural. Uma delas é a implementação de um programa de formação e qualificação para as áreas técnicas que dão suporte às atividades culturais. Um segundo programa é de bolsas para as categorias estudantes e recém-formados dos cursos dos eixos de produção cultural e design, além de mestres e mestras da cultura popular. A terceira missão é a regulamentação das profissões ligadas à cultura e à economia criativa, com a atualização das legislações existentes. E como quarta missão está a gestão do programa de cultura voltado para o trabalhador, aí incluído o Vale-Cultura. 

No que diz respeito à formação, foi apresentada a plataforma de cursos on-line – Escola Solano Trindade de Formação e Qualificação Artística, Técnica e Cultural (Escult). O nome é uma homenagem ao importante artista, militante da cultura e do movimento negro no Brasil. Por meio dela, serão disponibilizados cursos livres, de formação inicial e continuada (FIC) e de pós-graduação relacionados às áreas técnicas do fazer cultural.

Relevância

Para o pró-reitor, a visita dos técnicos do MinC foi uma grata surpresa. “Em geral, a gente vai a Brasília. A vinda deles mostra a relevância que nosso teatro ganhou no cenário artístico do Espírito Santo, a importância do nosso cinema e das nossas galerias, que têm recebido artistas dentro de uma diversidade cultural e socioeconômica”. Na sua avaliação, é possível avançar muito na formação dos trabalhadores na área da cultura a partir das propostas do MinC.

O secretário de Cultura da Ufes, Rogério Borges, também ficou otimista com a proposta apresentada. “Se percebe um leque de oportunidades para o desenvolvimento de habilidades e experiências em áreas específicas e de formação livre. As ofertas de novos modelos de bolsas pelo MinC irão beneficiar estudantes dos cursos de artes, incluindo os egressos, e permitir a participação da comunidade externa em estágios de até um ano em nossos espaços culturais”, afirmou. Borges ressalta que a cadeia produtiva nacional, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizada em 2022, aponta que 3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é estimado como sendo representado pela economia da cultura e pelas indústrias criativas. “O MinC está no caminho certo”, afirmou.

 
Foto: Sueli de Freitas

 

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