Pesquisas realizadas pela Ufes são destaque em retrospectiva da OMS

23/12/2019 - 17:45  •  Atualizado 01/11/2022 09:16
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O trabalho do Laboratório de Epidemiologia da Ufes (Lab-EPI Ufes) foi um dos destaques da retrospectiva de 2019 feita pela diretoria do Programa Global de Tuberculose da Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisa destacada foi uma investigação sobre os custos catastróficos, que são os custos que uma família tem para tratar um parente com tuberculose.

Além de promover uma mobilização mundial para combater a doença, em 2018 a OMS estimulou que cada país fizesse uma investigação sobre os custos catastróficos em seu território. No Brasil, o estudo é coordenado pela Ufes e está sendo realizado em 60 municípios, entre capitais e cidades do interior, nas cinco regiões do país. Já se sabe, por exemplo, que esses custos consomem cerca de 20% da renda anual das famílias. Clique aqui e saiba mais sobre o estudo.

Referência

O laboratório, coordenado pela professora do Departamento de Enfermagem e vice-reitora da Ufes, Ethel Maciel, é referência nacional em estudos da Tuberculose. Um deles, realizado por pesquisadores de vários estados, sob a coordenação do Lab-EPI Ufes e já apresentado ao Ministério da Saúde, trata de uma nova forma de administração do medicamento isoniazida aos pacientes com tuberculose. Agora com 300 miligramas, essa nova dosagem permite a substituição de três comprimidos diários de 100 miligramas por apenas um comprimido de 300 miligramas. 

Outra pesquisa analisa o impacto dos programas governamentais no controle da tuberculose.

“O ano de 2019 foi de muitas pesquisas e conquistas para o Laboratório de Epidemiologia da Ufes. A Universidade, pela primeira vez, está liderando uma pesquisa que vai fornecer à OMS o indicador que será utilizado para monitorar o Brasil e os progressos no controle da Tuberculose, o que um reconhecimento importante para a nossa instituição”, afirma Ethel Maciel.

A tuberculose (TB) é a primeira causa de morte entre as doenças infecciosas no mundo (superando a Aids), provocando o adoecimento de cerca de 10,4 milhões de pessoas em 2016. Além disso, a doença se apresenta também em uma versão resistente à medicação, a chamada "tuberculose droga resistente" (TB-DR).
 

Texto: Thereza Marinho