Presidente da OAB-ES pede apuração de abuso policial contra estudantes

05/07/2013 - 16:38  •  Atualizado 05/07/2013 17:03
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Com informações da OAB-ES

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Espírito Santo (OAB-ES), Homero Junger Mafra, encaminhou ao procurador-geral de Justiça do Estado, Eder Pontes da Silva, cópia do vídeo com as agressões sofridas por dois estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), integrantes do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibertcultura da Ufes (Labic), praticada por policiais militares durante manifestações ocorridas nesta quinta-feira (04). “É inadmissível que isto ocorra. A Ordem espera que sejam adotadas as providências cabíveis”, afirmou o presidente da seccional.

“O direito de manifestação tem que ser respeitado em todos os seus aspectos. O ato de filmar não representa nenhum crime. Tomar uma câmera, deter alguém pelo fato de estar filmando, é cercear a livre manifestação popular. Só os Estados autoritários, que não é o caso do Brasil nem do Espírito Santo, usam esse tipo de ação truculenta. Se as autoridades capixabas examinarem as imagens, verificarão o abuso que elas retratam”, ressaltou Homero Mafra.

A Ordem também está encaminhando cópias do vídeo para o secretário de Estado de Segurança, André Garcia, e ao comandante geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Edimilson dos Santos, e acompanhará a devida apuração de responsabilidades.

A postura dos policiais militares também mereceu condenação da Administração Central da Ufes que, ao condenar a apreensão dos equipamentos, descatou que, inclusive, foram apagadas algumas imagens. Sobre este ponto, Homero Mafra enfatizou que “o ato de apagar imagens torna ainda mais grave a ação policial, uma vez que só se apaga o que se quer esconder.