Professora participa de operação para reconstruir estação na Antártica

08/12/2016 - 17:51  •  Atualizado 12/12/2016 16:43
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A professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Ufes, Cristina Engel, participará da 35ª Operação Antártica (Operantar 35), que tem o objetivo de acompanhar o trabalho de reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz.

Engel, que já esteve na Antártica mais de 20 vezes, viajará em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) no próximo sábado, 10, e voltará em 14 de janeiro de 2017. Ela é a única pesquisadora do projeto denominado Arquitetura na Antártica (Arquiantar) que acompanhará a construção da primeira fase da obra, a fundação da nova estação (ilustração). As outras duas fases - que envolvem estrutura, montagens e acabamento - serão realizadas nos próximos dois anos, sempre no período do verão, devido às condições climáticas no continente gelado.

A professora Cristina Engel é coordenadora do Laboratório de Planejamento e Projetos da Ufes (LPP), que liderou uma rede de pesquisadores da Arquiantar na organização do concurso de Arquitetura para a construção da nova estação. Ela também acompanhou o processo de licitação que teve como ganhadora uma empresa chinesa, que executará a obra.

Engel destaca o trabalho multidisciplinar da rede Arquiantar, que conta com diversos pesquisadores da Ufes nas áreas de materiais, estruturas metálicas, água, energia e qualidade do ar. “Todos os colegas pesquisadores da rede, principalmente os professores da Ufes, estarão sempre conectados comigo, por e-mail, telefone ou videoconferência, na busca por soluções para os mais variados problemas que surgirem durante a obra. Além disso, vou enviar dados de pesquisa para seis projetos de iniciação científica, mestrado e doutorado ligados às pesquisas na Antártica”, enfatiza.

Incêndio

A Estação Antártica Comandante Ferraz foi destruída por um incêndio em fevereiro de 2012, onde morreram dois militares. A megaoperação de reconstrução reunirá quase 200 profissionais, entre operários da estatal chinesa que ganhou a licitação, servidores federais, militares e pesquisadores brasileiros. Para levar todo o pessoal e toneladas de material serão necessários dois navios, um chinês e um da Marinha Brasileira, e um avião FAB.

“Não existe nenhum grupo de pesquisa no mundo com a competência e o conhecimento acumulado que a rede Aquiantar tem em construções na Antártica. Boa parte desse resultado é fruto do trabalho do LPP e do apoio que recebemos da Ufes. Além disso, é fundamental destacar o entusiasmo com que estudantes, professores e pesquisadores trabalham nos projetos da rede e do LPP”, destaca a professora, cuja primeira viagem para a Antártica foi em 1987.


Texto: Hélio Marchioni
Ilustração: Marinha do Brasil

Edição: Thereza Marinho