Projeto Inventar com a Diferença apresenta filmes nesta terça, 18, no Cine Metrópolis

17/12/2018 - 16:28  •  Atualizado 19/12/2018 16:51
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Inventar com a Diferença – Cinema e Direitos Humanos. Este é o projeto que originou a exposição de filmes será realizada no Cine Metrópolis, nesta terça-feira, 18, às 19 horas. A entrada gratuita e aberta a todos os públicos.

O projeto apresenta obras cinematográficas produzidas por estudantes e professores de escolas públicas da Grande Vitória. A mostra, anteriormente agendada para o início do mês, foi adiada devido à paralização dos rodoviários da Grande Vitória.

O projeto Inventar com a Diferença acontece a cada dois anos e é um desdobramento da Mostra Cinema e Direitos Humanos, realizada em todo o Brasil até o dia 15 de dezembro. A ideia do projeto, que este ano esteve presente em 20 estados, é oferecer formação e acompanhamento a estudantes e educadores do país para o trabalho com cinema e direitos humanos.

Segundo Marcos Valério Guimarães, coordenador e monitor do Inventar no Espírito Santo, o projeto usa uma metodologia que proporciona o despertar do interesse pelo cinema. “É algo inovador do ponto de vista que você altera um pouco a prática mais comum, que é ensinar a teoria e depois ir para a prática. Trabalhamos o conceito do filme dispositivo, que é uma série de jogos, regras e movimentos que criam situações a serem filmadas”, explica.

As instituições escolhidas foram selecionadas tendo como base o histórico de participação em trabalhos anteriores e manifestação de interesse. No estado, o projeto foi desenvolvido na Unidade de Ensino Fundamental Guilherme Santos, de Vila Velha, e na Escola Estadual Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto, de Vitória. “Também tivemos uma etapa de formação para professores e alunos dos cursos de licenciatura da Ufes”, diz Marcos Valério.

Cinema e juventude

Foram 11 obras cinematográficas produzidas nas instituições participantes do projeto. Dentre os títulos estão: Dois sobre Um (Matheus Muniz); Música é Vida (Nicolly Banhos); O que é ser Jovem (Aghata Victória); Dor de Tempestades (Emilly Eduarda); Paraíso (Kalyanna); Preconceito e Amor (Reinaldo e Camila); O que você vai ser quando crescer (Vivian Lacerda); e Duda Diretora (Emilly Eduarda); além de três videoclipes com desenhos e pinturas. Os curtas versam sobre temas presentes no universo da juventude, como afirmação, descoberta da sexualidade, racismo, depressão, suicídio, além de obras de ficção e música.

O estudante de Jornalismo, Matheus Muniz, faz parte do projeto desde 2016. Segundo ele, por meio do Inventar foi possível aprender as técnicas de audiovisual e como funciona uma real preparação para iniciar uma gravação. “Com o projeto, entendi que não é só ligar uma câmera; pude aprender como funciona o fazer cinema, desde a preparação de atores e equipamentos até a edição final”, conta ele, que roteirizou, atuou e dirigiu o filme Dois Sobre Um.

Mateus diz que pretende seguir carreira no cinema: “Antes de entrar no projeto, eu tinha desistido deste sonho devido ao preconceito, até mesmo familiar, pois muitos pensam que ‘não dá futuro’. Com o Inventar, vi que é possível quebrar esse tabu e que dá para estudar e ser o melhor em qualquer área”.

O projeto Inventar com a Diferença é uma iniciativa do Laboratório Kumã da Escola de Cinema da Universidade Federal Fluminense (UFF). No Espírito Santo, teve parceria do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação (Naah-S) e contou com o apoio institucional da Secretaria de Cultura da Ufes.


Texto: Adriana Damasceno
Edição: Thereza Marinho