Reitor Reinaldo Centoducatte apresenta programa de avaliação de cursos

10/12/2013 - 17:30  •  Atualizado 11/12/2013 17:53
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Por Hélio Marchioni, com foto de Thaiana Gomes (*)

O reitor Reinaldo Centoducatte concedeu uma entrevista coletiva nesta terça-feira, dia 10, onde apresentou o Programa de Avaliação dos Cursos de Graduação Presenciais da Ufes, lançado hoje pela Pro-Reitoria de Graduação. O programa prevê a avaliação de cada um dos 94 cursos presenciais da Universidade, visando à melhoria permanente da sua qualidade.

Para subsidiar o trabalho de avaliação a ser realizado pelas unidades rensponsáveis pelo ensino de graduação da Ufes, a Prograd reuniu uma série da dados estatísticos referentes ao período de 2008 a 2011 em Cadernos de Avaliação correspondente a cada curso. Nesses documentos constam dados como Indicadores de Desempenho, Reprovação por Disciplina, Desempenho dos Estudantes Optantes pelo Sistema de Reserva de Vagas e Acompanhamento de Egressos.

Os Cadernos de Avaliação foram entregues na manhã desta segunda-feira aos diretores de Centro, pró-reitores, coordenadores de curso, membros dos Núcleos Docentes Estruturantes e das Comissões Próprias de Avaliação de Curso, além de representantes do Diretório Central dos Estudantes.

Além da entrega do material, também foi apresentado um cronograma de ações a serem desenvolvidas para promover melhorias nos cursos da Universidade. “Esse programa é um processo sistematizado que vai envolver toda a comunidade universitária numa ampla discussão de avaliação dos nossos cursos. A partir disso vamos estabelecer as metas para a melhoria de cada curso. Em breve esses cadernos estarão disponíveis na página da Pró-Reitoria de Graduação, na internet, para consulta”, explicou Centoducatte. 

Veja os detalhes da coletiva na matéria da TV Ufes: http://www.youtube.com/watch?v=VrOcEMcKYW4

Suspensão de vagas de Comunicação Social

No encontro com a imprensa, o reitor também falou sobre os encaminhamentos adotados pela Universidade para buscar reverter a decisão do Ministério da Educação quanto à suspensão da oferta de vagas para os cursos de Comunicação Social/Jornalismo e Comunicação Social/Publicidade. A suspensão foi anunciada pelo MEC na última sexta-feira, dia 6, devido à pontuação insatisfatória que os cursos obtiveram no Conceito Preliminar de Cursos (CPC) dos anos de 2009 e 2012. 

O reitor explicou que um dos argumentos apresentados pela Ufes é o de que o MEC não fez nenhuma avaliação presencial dos cursos. “Não é verdade que o vestibular deve ser suspenso porque o curso não tem qualidade. Confiamos em nosso trabalho, no trabalho de docentes, dos servidores técnicos-administrativos e na capacidade dos nossos estudantes. Já convidamos a equipe do MEC para vir aqui e avaliar os cursos”, enfatiza Centoducatte.

Outro argumento é de que a nota baixa nos cursos foi provocada principalmente pelo boicote dos alunos à prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), uma vez que essa nota representa cerca de 70% da composição do CPC. Os cursos tiveram por duas vezes seguidas – em 2009 e 2012 -  o conceito 2 na avaliação.

“Estamos na expectativa e fortemente empenhados em reverter a decisão do MEC, considerando que a nota negativa dos cursos não está ligada à infraestrutura. Amanhã (quarta-feira), vamos protocolar um recurso no MEC com uma série de argumentos e entregá-lo diretamente ao ministro”, afirmou o reitor.

Ele também destacou que vai solicitar urgência na análise do recurso, pois as provas da segunda fase do VestUfes 2014 acontecem nos dias 19, 20 e 21 de janeiro e os inscritos para os cursos de Comunicação Social/Jornalismo e Comunicação Social/Publicidade e Propaganda precisam de uma definição sobre o processo seletivo.

Verbas

O reitor afirmou também que o boicote às provas do Enade influencia diretamente na matriz de distribuição das verbas para as universidades. Para ele, além de uma impressão equivocada de que o curso não tem qualidade, os maiores prejudicados são aqueles que desejam ingressar na instituição. Ele citou o exemplo do curso de Direito que caiu de conceito 5 para 1, devido ao boicote, mas é um dos cursos que mais aprova, em todo o país, no exame da Ordem dos Advogados do Brasil.

“Nós somos uma instituição pública, temos que ser avaliados, temos que prestar contas dos recursos que entram aqui. É isso que as pessoas têm que entender”, finalizou.

(*) Bolsista de projeto de Comunicação, supervisionada por Thereza Marinho