Equipe da Ufes participa de lançamento de projeto de Plano Municipal de Redução de Riscos da Serra

16/04/2024 - 19:24  •  Atualizado 18/04/2024 09:19
Texto: Adriana Damasceno     Edição: Thereza Marinho
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Recorte da imagem da reunião, onde aparecem cinco participantes, incluindo o prefeito Sérgio Vidigal, sentados em uma mesa

Representantes da Ufes e do município da Serra se reuniram nesta segunda-feira, 15, para alinhar os detalhes finais do projeto de revisão do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR), que visa reduzir os riscos de desastres na cidade. A pesquisa conjunta, que deve se tornar um instrumento de gestão pública, terá início no dia 1º de maio, com duração prevista de 18 meses. A reunião aconteceu no gabinete do prefeito, Sérgio Vidigal, que participou do lançamento.

O projeto será desenvolvido sob coordenação técnica do Laboratório de Geomorfologia e Gestão de Redução de Riscos e Desastres (LabG2R2d/Ufes), a partir de um acordo de adesão entre a Secretaria Nacional de Periferias (SNP), vinculada ao Ministério da Cidades (Mcid), e o município da Serra. O LabG2R2d foi escolhido pela SNP/Mcid, tornando a Ufes uma das 16 instituições federais de todo o Brasil a ter um representante nas ações desse tipo do Ministério.

Mapeamento

O atual PMRR é uma revisão do projeto de 2016 e faz uma ampliação da atuação para espaços ainda não mapeados. O mapeamento do PMRR agrega áreas de risco médio, alto e muito alto, tanto para movimentos de massa (escorregamentos e quedas/tombamentos de blocos e lascas) quanto para inundações e enchentes. “No plano, além de fazer o mapa, também iremos indicar as ações estruturais, como obras, e não estruturais, como ações educativas, oficinas e mapeamento comunitário para cada área indicada com risco alto e muito alto”, explica a professora do DG e pesquisadora do LabG2R2d Ana Christina Gimenes.

Foto da sala de reuniões com todos os participantes sentados em uma mesa em formato de U. Ao fundo, uma tela de projeçãoRecorte da imagem da reunião, onde aparecem cinco participantes, incluindo o prefeito Sérgio Vidigal, sentados em uma mesa

Durante a reunião, foi definido que as medidas estruturais efetivadas serão aquelas que tiverem a melhor relação custo-benefício, seguindo sempre que possível as Soluções Baseadas na Natureza (SbN). “A hierarquização das futuras medidas considerará as populações de maior vulnerabilidade social sobrepostas a áreas de risco muito alto e, depois, risco alto”, ressalta Gimenes. A categorização da vulnerabilidade social será feita com base nos dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aliado às fichas de campo da equipe técnica.

Investimento

A escolha pelo município da Serra foi feita pelo SNP, que elencou 20 cidades do Brasil que apresentavam características específicas, como quantitativo de pessoas expostas a situações de risco. “A Serra tem aspectos que necessitam ser trabalhados, como a população numerosa. Além disso, está concentrada em um cenário urbano vasto e com ambientes diversos, com significativo dinamismo quanto à expansão das áreas ocupadas”, diz o professor do Departamento de Geografia (DG) Antônio Celso Goulart, coordenador do LabG2R2d.

Para ele, a reunião proporcionou um momento único de materialização do investimento público federal no município: “Esse projeto auxiliará na construção de um documento importantíssimo para o crescimento da Serra e concretiza a efetiva parceria entre a prefeitura, a SNP e a Ufes”, avalia.

A equipe do LabG2R2d que está à frente do projeto é composta por 11 pessoas, entre professores (incluindo uma docente do Instituto Federal do Espírito Santo) e estudantes de graduação e pós-graduação. As atividades do Laboratório têm apoio da SNP/Mcid, da Defesa Civil da Serra e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de Brasília.

Fotos: Divulgação

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