Cartilha ensina a evitar ganho de peso durante o isolamento social

14/05/2020 - 12:24  •  Atualizado 18/05/2020 11:17
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O isolamento social imposto como uma das principais medidas de prevenção contra a COVID-19 contribui, segundo especialistas, para a maior ocorrência de outros tipos de doenças, como síndrome do pânico e depressão, além de transtornos de ansiedade e de agressividade, bem como para o aumento de peso. Isso porque, ficando em casa, a tendência é que as pessoas se alimentem mais e se exercitem menos. E, vale lembrar, a obesidade é um dos fatores de risco para o novo coronavírus.

Pensando nisso, os grupos de estudos em Comportamento Alimentar (Gecal) e de Pesquisa em Nutrição, Saúde do Trabalhador e Doenças Crônicas (Gemnut), ambos do Departamento de Educação Integrada em Saúde do Centro de Ciências da Saúde (Deis/CCS) da Ufes, elaboraram uma cartilha (veja no arquivo anexado abaixo) com orientação que objetiva auxiliar na busca pelo equilíbrio entre alimentação e emoção no período da pandemia.

Intitulada Comer emocional: como lidar com a relação entre comida e emoções em tempos de distanciamento social, a cartilha apresenta tópicos que explicam porque comemos e o que comemos, as diversas motivações para comer e o distanciamento social, como lidar com a fome emocional e a diferença entre fome física e fome emocional.

“A importância de abordar esse tema se deve ao fato de termos nossas emoções como importantes reguladores de nossa ingestão alimentar. Comemos idealmente quando estamos fisicamente com fome, mas muitas vezes também por outras razões, tais como festividades e razões culturais, e como resposta a algumas emoções, como alegria e tristeza, que é fome emocional”, explica uma das responsáveis da cartilha e professora do Deis/CCS Fabíola Soares.

Alívio

A professora enfatiza que, nesse momento de distanciamento social, certamente estamos experimentando uma variedade de sentimentos, muitos deles negativos, tais como ansiedade, medo e solidão. Assim, muitas vezes comemos para ajudar a regular essas emoções, como uma forma de aliviar o nosso sofrimento. Se isso ocorre de forma exagerada ou frequente, pode resultar em danos à saúde.

“Por isso, resolvemos elaborar essas orientações como forma de auxiliar as pessoas a identificarem a fome emocional e a encontrarem estratégias para lidar com as emoções sem que, para isso, tenham que usar a comida. Na cartilha, fazemos várias sugestões de como lidar com esse momento difícil, buscando amparo em atividades e em relacionamentos que podem trazer o bem-estar desejado. As orientações se aplicam a qualquer indivíduo, de qualquer idade, desde que não contrarie recomendações de profissionais de saúde diante de um quadro específico de doença”, descreve.

Além da professora Fabíola Soares, participaram da elaboração do material informativo a professora Luciene Bresciani e a estudante Anna Carolina Pereira.

 

Texto: Jorge Medina
Imagem extraída do site cenitpsicologos.com

Edição: Thereza Marinho