Estudantes de graduação da Ufes poderão cursar disciplinas em outras universidades federais

29/04/2021 - 19:08  •  Atualizado 03/05/2021 10:56
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A partir do próximo mês, estudantes de graduação da Ufes terão a possibilidade de cursar disciplinas em outras universidades federais brasileiras. A Ufes, juntamente com outras 11 universidades federais, aderiu ao Programa de Mobilidade Virtual em Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (Promover), criado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

A divulgação do edital do programa para esse primeiro semestre de 2021 está prevista para o dia 6 de maio, com informações sobre as universidades participantes, o número de disciplinas e vagas ofertadas, e o calendário de matrícula, de recursos e de início de atividades entre os meses de maio e julho.

A pró-reitora de Graduação da Ufes, Cláudia Gontijo, explica que todo o processo de inscrição será realizado em uma plataforma única do programa, gerida pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), que processará as inscrições. A Ufes receberá a lista dos estudantes inscritos para cursar disciplinas na instituição e fará a classificação conforme o critério estabelecido pelo programa, que é priorizar aqueles que faltem menos tempo para integralizar o currículo do curso.

“Faremos a matrícula dos estudantes de fora como estudante especial. O mesmo vai acontecer lá, nossos alunos serão matriculados como estudante especial nas outras instituições, seguindo o mesmo critério”, explica Cláudia Gontijo.   

A pró-reitora antecipa que, antes de fazer a matrícula em disciplina ofertada por outra instituição, o aluno interessado deve conversar com o coordenador do seu curso. “Isso é importante porque, depois, os alunos terão que solicitar o aproveitamento da disciplina. O aproveitamento não é automático e o coordenador vai orientá-lo sobre qual disciplina é apropriada e qual disciplina, no futuro, poderá ser aproveitada”, destaca.

Piloto

A edição piloto do Promover Andifes foi lançada em janeiro. A partir dos conceitos e possibilidades testados por quatro universidades, o programa agora será expandido para 12 universidades federais.

O presidente da Andifes, reitor Edward Madureira, considera que o programa é um novo marco no ensino superior público, com enorme potencial a ser explorado. “Eu vejo o Promover Andifes como um elemento estruturante na criação de um Sistema Nacional de Educação Superior no Brasil. Imagine nós termos estudantes circulando pelo país de maneira virtual, trocando experiências, professores colaborando na oferta de disciplinas. A riqueza dessa interação nacional certamente vai trazer também para os estudantes uma percepção muito maior da dimensão da graduação, das dificuldades, das possibilidades, do potencial do nosso país”, afirma. 

O presidente também avalia que a pandemia provocada pelo novo coronavírus foi um dos fatores motivadores para a implantação do programa: “Sem dúvida nenhuma, o programa é um legado dessa pandemia, que nos trouxe tanta tristeza e tantos aspectos negativos. Mas esse mesmo cenário negativo nos obrigou a recorrermos a tecnologias que já existiam, mas que, de alguma forma, resistíamos em utilizar. Houve, sim, influência da necessidade de nos reinventarmos e estimularmos a nossa criatividade, unida ao compromisso de darmos continuidade ao trabalho que realizamos com muita qualidade e responsabilidade”.

 

Texto: Thereza Marinho