Hucam promove mutirão para diagnóstico de Retinopatia Diabética

06/08/2014 - 18:41  •  Atualizado 08/08/2014 17:10
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O Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam) realiza neste sábado, dia 9, a partir das 8 horas, mais um dia de mutirão para o diagnóstico de Retinopatia Diabética, que é o comprometimento ocular causado pelo diabetes. O mutirão vai acontecer no Ambulatório de Oftalmologia, casa 4, é gratuitos, mas só atenderá pessoas que têm diabetes.

A equipe do Hucam, formada por oftalmologistas, médicos residentes e estudantes, farão um exame completo de oftalmologia e um mapeamento da retina de cada paciente. Se diagnosticada a doença, o paciente será encaminhado para tratamento. É aconselhável apresentar um documento de identidade.

Em média, são atendidas 400 pacientes por mutirão. Além disso, são marcados outros procedimentos, quando necessário, que são realizados no Ambulatório de Oftalmologia do Hucam, considerado o maior centro de tratamento de retinopatia diabética do Estado.

O mutirão é um projeto de Extensão da Ufes e acontece todos os anos desde 1990.  O objetivo principal é atender pacientes que não têm acesso, na rede pública, a especialista para realizar o exame. Durante o mutirão, a glicemia capilar das pessoas é medida, bem como a pressão arterial, altura, peso, cálculo do índice de massa corpórea e o exame de fundo de olho.

Visão

De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, pessoas diabéticas apresentam um risco de perder a visão 25 vezes maior que as que não têm a doença. Isso porque, com o tempo, o diabetes afeta o sistema circulatório da retina, que é uma camada de prolongamento dos nervos, onde estão as células receptoras responsáveis por perceber a luz e ajudar a enviar as imagens ao cérebro.

Por esse motivo, necessitam realizar anualmente exames para a detecção precoce do problema, já que a doença não apresenta sintomas na fase inicial.

A Retinopatia Diabética atinge de 20% a 30% das pessoas portadoras do diabetes e é a maior causa de cegueira em pessoas na faixa etária entre 20 e 65 anos. O sintoma mais comum da retinopatia diabética é vista embaçada, pontos escuros ou manchas na visão ou a perda repentina da visão.

“A retinopatia diabética não provoca dores, o que muita vezes impossibilita os pacientes a perceberem os sintomas, ou quando os percebem, já se encontrem em grau avançado, piorando assim seu prognóstico. O melhor tratamento ainda é a prevenção através de consultas oftalmológica regulares e controle rigoroso do nível de açúcar no sangue,” ressalta a professora de departamento de Medicina Especializada do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Ufes Diusete Pavan, coordenadora do mutirão.

Mais informações sobre o mutirão podem ser obtidas pelo telefone 3335-7186.

Por Jorge Medina