Rede Rio Doce Mar divulga resultados obtidos no último ano

23/12/2019 - 17:34  •  Atualizado 27/12/2019 16:16
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A Rede Rio Doce Mar (RRDM) divulgou nos dias 20 e 21 de dezembro um resumo dos resultados obtidos no último ano. A apresentação foi realizada em um seminário (foto) organizado pela Câmara Técnica de Biodiversidade (CTBio), na Ufes.

Criada com a finalidade de apoiar ações reparatórias relacionadas ao impacto causado na biodiversidade aquática, devido ao rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), no dia 5 de novembro de 2015, a Rede é formada por pesquisadores de 27 instituições de ensino, pesquisa e extensão do Brasil.

Segundo a coordenação geral da entidade, entre as ações realizadas estão o desenvolvimento de um protocolo de coleta e análise de dados de água, sedimento e biota (conjunto de seres vivos de um ecossistema), em diversos ambientes, incluindo rios, lagos, lagoas, praias, manguezais, restingas, estuários e o mar; um estudo dos dados anteriores ao rompimento da barragem, visando ter subsídios robustos para comparação com dados posteriores e, assim, consolidar uma análise de impacto associado ao rejeito de minério; e o levantamento dos dados coletados entre o rompimento e o início do nosso Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática (PMBA), em setembro de 2018, visando ter uma base de entendimento sobre a evolução do impacto nos diversos ambientes citados anteriormente.

A Rede também assumiu o monitoramento da biodiversidade aquática, medindo mais de mil parâmetros abióticos e bióticos, nos diferentes ambientes ao longo da porção capixaba do Rio Doce e a zona costeira e marinha adjacente. Os resultados compõem o Relatório Anual, com cerca de sete mil páginas, entregue à CTBio e à Fundação Renova, responsável pelo repasse financeiro para desenvolvimento dos estudos.

“Ao final desse primeiro ano, não só a RRDM cumpriu com suas metas, mas a academia brasileira mostrou a importância do seu papel em situações de alta complexidade como os desdobramentos e impactos gerados pelo rompimento da Barragem de Fundão. Resultados robustos e conclusivos sobre os ambientes estudados foram produzidos e entregues à Fundação Renova e CTBio para avaliação e discussão”, afirmam os coordenadores.

Atuação

O início efetivo da atuação da RRDM aconteceu no dia 23 de julho de 2018 por meio da celebração do Acordo de Cooperação Técnico-Científica firmado entre a Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (Fest) e a Fundação Renova para a execução do Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática da Área Ambiental I - Porção Capixaba do Rio Doce e Região Marinha e Costeira Adjacente (PMBA), que tem a coordenação institucional da Ufes.

O PMBA é o único projeto em desenvolvimento na Rede até o momento e sua execução conta com a colaboração de mais de 520 profissionais, dentre eles, aproximadamente, 330 pesquisadores vinculados e/ou associados a 27 Instituições de Ciência e Tecnologia públicas brasileiras. Clique aqui para obter maiores informações sobre o projeto.

A Coordenação Geral da RRDM é constituída por representantes da Ufes, da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV).


Texto: Thereza Marinho, com informações e foto da Rede Rio Doce Mar