Universidade Federal do Espírito Santo
O reitor Reinaldo Centoducatte concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira, 5, para declarar o posicionamento da Universidade em relação às declarações de caráter preconceituoso do professor Manoel Luiz Malaguti Barcellos Pancinha, ditas numa aula dirigida a alunos do curso de Ciências Sociais na última segunda-feira, dia 3.
O reitor informou que a Ufes, por meio do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas, ao qual o professor está vinculado, já instituiu uma comissão de sindicância que terá um prazo de 30 dias para apurar se a denúncia é verdadeira. No entanto, ele ressaltou que é possível que a apuração seja concluída num prazo inferior, uma vez que o próprio professor já admitiu o fato publicamente, por meio de entrevistas concedidas a diversos veículos de comunicação.
“A comissão vai reunir elementos para a abertura de um inquérito administrativo. O inquérito vai analisar, num prazo de até 90 dias, se houve infração tanto do ponto de vista do estatuto da Universidade, quanto da legislação do servidor público. A punição pode ir de uma advertência verbal à exoneração”, explicou o reitor.
Pioneira
Reinaldo Centoducatte destacou que a Ufes foi uma das primeiras universidades do País a adotar uma política de reserva de vagas com base em critérios sociais: “Adotamos a reserva de vagas para alunos oriundos da rede pública desde 2007, antes da legislação nacional. Nossa universidade é uma universidade plural. Somos contra qualquer tipo de discriminação social, racial, de orientação sexual, de gênero. Qualquer tipo de discriminação não vai encontrar nenhum amparo nesta Universidade”.
O reitor também afirmou que estatísticas já realizadas dentro da Ufes indicam que, numa análise da média, não há distinção entre o desempenho dos estudantes que ingressaram na Universidade por meio da reserva de vagas e alunos que ingressaram nas vagas universais.
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Por Thereza Marinho, com foto de Jéssyka Saquetto (bolsista de projeto de Comunicação, supervisionada por Thereza Marinho)