Será inaugurado nesta sexta-feira, 12, o prédio Biodiversidade Aquática (BioAqua), localizado no Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), no campus de São Mateus. O edifício abrigará oito laboratórios e parte da coleção tombada do Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática (PMBA). O PMBA é realizado por pesquisadores da Rede Rio Doce Mar, criada para apoiar ações reparatórias relativas aos impactos do rompimento da barragem da mineradora Samarco, ocorrido em 2015.
A inauguração será realizada às 14 horas e contará com a presença do reitor da Ufes, Paulo Vargas; do vice-reitor, Roney Pignaton; do diretor do Ceunes, Luiz Antonio Favero; e da vice-diretora, Ana Beatriz Brito. Além de autoridades da Universidade, estarão presentes representantes da Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (Fest), da Fundação Renova e de pesquisadores da Rede Rio Doce Mar, além da comunidade acadêmica.
A obra é fruto do acordo técnico-científico firmado entre a Ufes, por meio da Fest, e a Fundação Renova, no qual foi estabelecida a execução do PMBA por pesquisadores da Rede Rio Doce Mar.
Foram investidos cerca de R$ 3,9 milhões na construção do prédio de 588 metros quadrados. A estrutura abrigará os laboratórios de análises ecotoxicológicas, de ecofisiologia dos manguezais, de genética e conservação de cetáceos, de ecologia bentônica, de ecologia de peixes marinhos e coleções zoológicas. Cerca de 110 pesquisadores podem trabalhar simultaneamente dentro do espaço. Além das pesquisas do Programa, aproximadamente 50 outras serão realizadas nos laboratórios do BioAqua.
“Esse prédio potencializa ainda mais a capacidade de pesquisa do campus de São Mateus da Ufes. Além da pesquisa relacionada à contaminação do rio Doce e do mar, abrem-se inúmeras possibilidades para que outras possam acontecer. Quando fortalecemos a pesquisa, diretamente fortalecemos a extensão e o ensino”, pondera o diretor do Ceunes, Luiz Antonio Favero.
Rede Rio Doce Mar
A Rede Rio Doce Mar começou a atuar em 2018 para executar o PMBA, que é coordenado institucionalmente pela Ufes. O Programa auxilia na recuperação ambiental de áreas afetadas pelos dejetos oriundos do rompimento da barragem de Fundão, localizada no município de Mariana (MG). A tragédia, ocorrida em 2015, deixou 19 pessoas mortas e é considerada como o maior desastre ambiental da história do Brasil.
A execução do Programa é dividida em oito grandes temáticas e conta com a colaboração de mais de 550 profissionais, dentre estes cerca de 330 pesquisadores associados a 26 instituições de pesquisa. São monitorados pontos do rio Doce e do mar, entre Guarapari e Abrolhos, na Bahia. Para saber mais sobre o PMBA, clique aqui.
Texto: Vinícius Fontana
Edição: Thereza Marinho