
O Centro de Estudos e Pesquisas sobre Álcool e outras Drogas (Cepad) da Ufes realiza nesta sexta-feira, uma ação de abordagem e distribuição de fôlderes educativos para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, e que este ano tem como tema “Quem não fuma não é obrigado a fumar”.
A ação será realizada em todo o campus de Maruípe e no Hospital Universitário (Hucam), das 8 às 12 horas.
Criado em 1986 pela Lei Federal nº 7.488, o Dia Nacional de Combate ao Fumo tem o objetivo de reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. O fumo gera sobrecarga do sistema de saúde com tratamento de doenças ligadas a ele, causa mortes precoces de cidadãos em idade produtiva, aumenta as faltas no trabalho, reduz a qualidade de vida de fumantes e de sua família.
No último dia 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco, o Ministério da Saúde anunciou a regulamentação da Lei Federal de dezembro de 2011 que proíbe fumar em locais fechados e de uso coletivo em todo território nacional. O objetivo é proteger a população do fumo passivo e contribuir para diminuição do tabagismo entre os brasileiros. A norma entrará em vigor em 180 dias.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), outra obrigatoriedade prevista é o aumento dos espaços para os avisos sobre os danos causados pelo tabaco, que deverão aparecer em 100% da face posterior das embalagens e de uma de suas laterais. A partir de 2016, deverá ser incluído ainda texto de advertência adicional em 30% da parte frontal dos maços dos cigarros.
Ameaça
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável no mundo. E, dentre os fumantes passivos, considerado a terceira maior causa.
A fumaça exalada por cigarros ou qualquer produto que seja derivado do tabaco é denominada poluição tabagística ambiental (PTA). Por ser extremamente tóxica, a inalação dessa fumaça por pessoas não-fumantes é chamada de tabagismo passivo ou fumo passivo. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a fumaça do cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas. E o tabagismo passivo aumenta em 30% o risco para câncer de pulmão e 24% o risco para infarto.
Com todas as informações acerca dos riscos do tabagismo passivo, tem-se estimulado a criação de leis estaduais e municipais que representam um avanço em relação à lei federal ao proibir a existência de fumódromos em ambientes fechados. O desafio atual é contribuir para que todas as unidades da federação adotem leis que promovam ambientes 100% livres da fumaça do tabaco.