Universidade Federal do Espírito Santo
A partir de quarta-feia, dia 23, a Ufes se transformará no principal espaço da produção literária capixaba. Até 27 de maio, o campus de Goiabeiras vai receber a 5ª Feira Literária Capixaba (Flic), com nove palestras, 22 mesas-redondas e o lançamento de 70 obras de autores do Espírito Santo.
A abertura oficial da feira ocorrerá às 19 horas do dia 23. O evento será realizado no auditório do Centro de Ciências Exatas (CCE), com arena jovem e a tenda cultural, onde a programação terá início sempre a partir das 9 horas. No sábado, dia 26, a Galeria e Arte Espaço Universitário vai funcionar excepcionalmente das 9 às 13 horas e o público poderá visitar as exposições “Vou sendo como sou”, da artista plástica Nelma Guimarães, e “Casa 34”, do artista plástico Rick Rodrigues.
A previsão da organização é de que cerca de 10 mil pessoas de todo o Estado visitem a Flic, que é aberta ao público. A feira terá atividades como contação de histórias, música, balé, apresentações folclóricas, leituras poéticas, livros gigantes, lançamento de CDs, teatro, saraus, leitura inclusiva, trova e oficinas, entre outras. No último dia do evento, haverá a entrega do 3º Prêmio Capixaba de Literatura Afonso Cláudio de Freitas Rosa, nas categorias Ensaio e Ilustração.
De acordo com o Secretário de Cultura da Ufes, Rogério Borges, diversas mesas-redondas serão mediadas por professores, mestrandos e doutorandos da universidade. “Estaremos também com stand da Editora da Ufes (Edufes) e, no sábado, dia 26, a Galeria de Arte Espaço Universitário vai funcionar das 9 às 13 horas, para que os visitantes possam conhecer o espaço e suas exposições”, explica Borges.
Homenageado
A cada edição, a feira homenageia uma personalidade capixaba. O homenageado da vez será o escritor, poeta, historiador, professor e advogado capixaba Afonso Cláudio de Freitas Rosa. Nascido no dia 02 de agosto de 1859, em Mangaraí, município de Santa Leopoldina, foi um político com participação ativa no movimento republicano e, quando da Proclamação da República, foi escolhido para ser o primeiro governador do Espírito Santo, nomeado em 20 de novembro de 1889, exercendo o governo até 07 de janeiro de 1890.
Um dos membros fundadores da Academia Espírito-Santense de Letras, foi um governador culto, com sensibilidade para entender os valores do povo capixaba e, sobretudo, tê-lo como referência, marcando a vida pública do estado. Faleceu no Rio de Janeiro, em 16 de julho de 1934, aos 75 anos.
No encerramento do V Flic, haverá a entrega do III Prêmio Capixaba de Literatura Afonso Cláudio de Freitas Rosa, que premia obras inéditas nas categorias “Ensaio” e “Ilustração”, destinadas ao público adulto e infantil. O resultado vai ser divulgado no dia 27 de maio, às 19 horas.
Iniciativa
A primeira edição da Flic aconteceu em 2014, por iniciativa de um grupo de pessoas que sentiam falta de ver, nas prateleiras de livrarias do estado, livros de autores capixabas. Desde então, a feira tem como objetivo principal a valorização dos escritores locais, buscando integrar todos os municípios e valorizar as expressões artísticas produzidas no estado para um público diversificado.
De acordo com a organização, todas as atividades procuram despertar o interesse pela leitura e ela prática da escrita. Para tanto, são inseridos na programação bate papo com escritores capixabas, palestras com artistas locais e com profissionais ligados ao trabalho de incentivo à leitura e exposição de livros de autores capixabas ou residentes no Espírito Santo. A Ufes vai se transformar, por cinco dias, em um universo de livros e demais expressões artísticas – uma ótima opção para todos os públicos, de todas as idades.
A realização da Flic 2018 é da Academia Espírito-santense de Letras (AEL), da Academia Feminina Espírito-santense de Letras (Afesl) e do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES), com apoio do Governo do Estado e do Sebrae. O apoio institucional é da Secretaria de Cultura da Ufes, que segue como maior apoiadora da Feira desde 2016.
Confira a programação completa no arquivo anexado abaixo.
Texto: Adriana Damasceno e Luiz Vital
Edição: Thereza Marinho