Jovens poetas do projeto de extensão UFESLAM participam do encontro Estéticas das Periferias, em São Paulo

29/08/2024 - 11:34  •  Atualizado 30/08/2024 11:24
Texto: Thiago Sobrinho     Edição: Thereza Marinho
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Evento em comemoração aos dois anos do projeto UFESLAM

A poesia produzida por jovens de diferentes lugares e histórias, dentre eles, estudantes da Ufes, está prestes a ser declamada na maior metrópole da América do Sul. Isso porque o coletivo e projeto de extensão UFESLAM marcará presença em uma competição de apresentações coletivas de slam em São Paulo. A participação vai acontecer dentro da programação do encontro Estéticas das Periferias, que acontece no Instituto Moreira Salles nos dias 31 de agosto a 1º de setembro.

Um dos poetas da Universidade que estará no evento é Ademir Junior, também conhecido como Adm. Ele é estudante do curso de Serviço Social e estará acompanhado de outros dois jovens que integram as atividades do projeto de extensão. Juntos, eles vão batalhar na competição organizada pelo Slam da Guilhermina.

Essas batalhas fazem parte do slam, um tipo de poesia performática que tem a juventude periférica como protagonista e que valoriza temas como história, cultura e literatura negra. A participação no evento em São Paulo será uma oportunidade para que os jovens troquem experiências com outros coletivos do País e possam dar voz às suas vivências.

“O principal é esse intercâmbio de ideias, culturas, jeitos de fazer, e esse entendimento do que nós significamos enquanto movimento pro restante do País”, destacaram os integrantes do UFESLAM.

Sobre o projeto

Recentemente, o UFESLAM comemorou dois anos de existência com direito a evento no Teatro da Ufes. O grupo inicialmente nasceu como um coletivo de poesia e, no último ano, se tornou um projeto de extensão coordenado pelas professoras Jacyara Paiva, do Departamento de Linguagens, Cultura e Educação; e Lara Brum, do Departamento de Psicologia. 

Atualmente, a equipe do coletivo é composta por sete pessoas, sendo duas estudantes da Ufes. No entanto, comparecem aos eventos do grupo centenas de jovens que vêm de diferentes territórios, que não conhecem ou não acessam a universidade pública.

“Como coletivo e como projeto de extensão entendemos o quão imprescindível é que as atividades universitárias cheguem pra comunidade externa, e vemos o resultado de termos isso como foco”, ressaltaram.

Grupo de estudos

Além das batalhas e discussões literárias, o UFESLAM oferece atividades formativas para os seus participantes. Um desses espaços são os encontros mensais do grupo de estudos Mandela. As informações sobre as reuniões podem ser acessadas no perfil do grupo no Instagram.

“Realizamos encontros endossando uma literatura não canônica e dando importância e relevância a essas escritas num espaço que geralmente tem como relevantes escritores brancos e europeus”, explicam os jovens do UFESLAM sobre o grupo que se reúne no Cemuni VI, localizado no Centro de Artes, do campus de Goiabeiras.

E é justamente com esse enfoque de dar voz e ser refúgio para as juventudes negras, periféricas e LGBTQIA+ que o UFESLAM planeja ampliar a sua presença dentro da Universidade: “Hoje, nós identificamos que os cursos do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), principalmente o Serviço Social, e os cursos do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN) já conhecem o movimento, mas também queremos chegar aos outros centros e aumentar nosso contato e alcance em outros departamentos”.

Um dos desejos do coletivo para ampliar esse contato é, no futuro, participar da recepção aos calouros, que acontece a cada início de semestre letivo. “Organizar feiras literárias, realizar documentários e acessar outros espaços dentro da universidade também estão nos planos futuros do UFESLAM”, concluem os integrantes do coletivo.

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