Quem acha que escrever livros é coisa de gente grande está enganado, e quem prova isso é a turma do grupo 2M do Colégio de Aplicação (CAp) Criarte Ufes. Ao longo de dois meses os pequenos escreveram dois livros, recriando clássicos da literatura infantil e narrando fatos do dia a dia, mas com um detalhe: os enredos foram conduzidos por eles, com muito entusiasmo e diversão. Na manhã desta terça-feira, 9, foi o dia da entrega de exemplares ao reitor, Eustáquio de Castro, e à vice-reitora, Sonia Lopes.
As obras foram intituladas Era um vez histórias criativas do grupo 2M e Histórias de Amizade em Quatro Contos Infantis, que recria os clássicos Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos, A Formiga e Cigarra e A Lebre e a Tartaruga. A organização ficou por conta da pedagoga Flávia Sperandio, da professora Amanda Savergnini, da auxiliar de turma Regina Quirino e da monitora Cecília Radinz.
Savergnini conta que a escrita surgiu a partir do interesse das crianças por histórias clássicas e contemporâneas, que ocupam um espaço importante no dia a dia delas no CAp Criarte. Para a construção das narrativas foram compartilhadas imagens de personagens de histórias já conhecidas e objetos familiares. A partir desse contato, os pequenos escritores selecionaram as imagens e, coletivamente, foram construindo as histórias, sendo que cada um complementava o enredo iniciado pelo outro. Ao longo da leitura, os alunos percebem associações tanto com personagens de contos conhecidos quanto com momentos vivenciados no colégio ou em família.
Futuro
Na visão da vice-reitora, a oportunidade de ter uma educação infantil de qualidade dá à criança a possibilidade de um futuro promissor. “Eu achei a visita espetacular, porque elas são os mais jovens estudantes da Universidade e esperamos que elas tenham condições de seguir em frente em suas formações. A gente espera que a Universidade pública e gratuita resista, para que elas tenham um futuro muito promissor dentro da educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada”, analisa.
Para Savergnini as crianças tiveram uma experiência significativa, que possibilitou dar voz às suas ideias, incentivar a criatividade e estimular a imaginação. “Ao compartilhar histórias e pensamentos, elas ampliam o repertório social, cultural e imaginativo”, conclui.
Com simplicidade infantil, a aluna Olívia Ataíde resumiu como foi a experiência de produzir o livro: "Eu achei muito legal porque eu adoro os meus amigos".
Fotos: Elisa Zamperlini
Universidade Federal do Espírito Santo