Coral da Ufes apresenta Concerto de Páscoa com orquestra Camerata Sesi nesta sexta-feira, 12

12/04/2024 - 15:22  •  Atualizado 14/04/2024 12:13
Texto: Leandro Reis     Edição: Thereza Marinho
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Foto em close de coralistas da Ufes em uma apresentação.

O Coral da Ufes se junta nesta sexta-feira, 12, à orquestra Camerata Sesi para um concerto no Teatro Sesi de Jardim da Penha, em Vitória. A partir das 19h30, sob regência do maestro-adjunto do coro da Universidade, Jean Molinari, os músicos sobem ao palco para uma apresentação especial com repertório dedicado à Páscoa. Os ingressos estão à venda na Sala Administrativa do Sesi Cultura (Rua Tupinambás, 240, Jardim da Penha).

O convite para o concerto partiu do maestro da Camerata, Isaac Gonçalves, após o sucesso da parceria no espetáculo Cantos brasileiros: origens, do tenor Jean William, realizado em novembro do ano passado. Desta vez, o repertório passa sobretudo por peças escritas nos séculos XVIII e XIX que têm relação com a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, entre composições de Händel, Vivaldi e Mozart, por exemplo.

“É um repertório eclético. Combinamos que as músicas não seriam todas religiosas, mas que conversassem com a temática da Páscoa”, afirma Molinari, que, além de reger a orquestra e o coral, solará como cantor lírico em quatro peças. “Será uma experiência nova para mim, porque vou cantar e reger. Ora tenho que usar os braços, ora o corpo todo, de frente e de costas para a plateia”.

Ensaios

Segundo ele, fora as canções que o Coral da Ufes já apresenta em alguns de seus espetáculos, as outras peças do repertório demandaram ensaios mais intensos. Ela destaca Cantique de Jean Racine Op. 11, de Gabriel Fauré, como uma das composições mais complexas. “É uma canção em francês, uma língua não tão próxima do português, e que tem uma harmonia e uma tonalidade intrincadas”, lembra.

Nos últimos dias, quando passaram a cantar junto com a orquestra, os coralistas aumentaram o ritmo dos ensaios. Nessa semana, diz o maestro, foram três ensaios gerais com a Camerata, além das práticas diárias dos cantores na Ufes, que acontece de segunda a sábado.

“Quando se juntam coro e orquestra, mudam os andamentos das músicas porque muda a acústica. O andamento não advém exclusivamente da concepção musical do maestro. Um local com muita reverberação necessita de andamentos mais lentos, por exemplo”, explica. “Estamos acostumados a ensaiar com piano, então a princípio os cantores estranham a música orquestral. Eles dependem das deixas e dos apoios que os instrumentos dão para segurar a afinação porque, quando muda o timbre, muda a memória musical interna”.

Agenda

Além da apresentação desta sexta, o Coral da Ufes tem outros espetáculos em vista, adianta Molinari. O próximo concerto acontecerá no dia 18, durante a solenidade de posse do reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, e da vice-reitora, Sônia Lopes, no Teatro Universitário. Outra apresentação deve acontecer no Festival Internacional de Música de Novo Hamburgo (FeMusiK), no Rio Grande do Sul, em julho.

“O convite é para um concerto dentro de uma igreja, com uma hora de duração, e atuar como coro convidado, com outros corais do festival cantando a Sinfonia n.º 9, de Beethoven”, diz. Molinari também planeja uma apresentação com repertório cantado e cênico no Teatro Universitário, além de uma master class de regência coral. Em outubro, ainda, o Coral da Ufes receberá coros de todo o Brasil no CantarES.

 

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