Universidade Federal do Espírito Santo
O Relatório de Autoavaliação Institucional (RAI) de 2022 foi entregue em março ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e está disponível aqui para consulta por toda a comunidade acadêmica. Elaborado a partir de pesquisa realizada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Ufes, o RAI atende a uma das diretrizes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), sendo a autoavaliação item obrigatório para as Instituições de Ensino Superior (IES).
A pesquisa ouviu 205 pessoas de um total de 384 aptas a respondê-la, totalizando 53% do público-alvo. Foi direcionada a ocupantes dos cargos de reitor, vice-reitor, pró-reitor, superintendentes, secretários, diretores e coordenadores das unidades, diretores de centro de ensino, chefes de departamento, coordenadores de curso de graduação e pós-graduação e chefes de secretarias e divisões administrativas nos Centros. Os questionários foram aplicados por meio do sistema de enquetes eletrônicas da Ufes, no período de 10 a 31 de outubro.
Resultados
“Os resultados mostram melhorias em algumas áreas, como limpeza de espaços e acessibilidade, trazem alguns problemas recorrentes, como a sinalização nos campi. Verificamos uma maior adesão à pesquisa se comparada ao ciclo anterior [pesquisa com gestores realizada em 2019], o que revela um maior interesse no processo de autoavaliação pelo público-alvo”, afirma a representante dos servidores técnicos na CPA, Lorena de Freitas.
Os itens pesquisados foram agrupados em cinco eixos: Planejamento e Avaliação Institucional, Desenvolvimento Institucional, Políticas Acadêmicas, Políticas de Gestão e Infraestrutura.
No eixo Planejamento e Avaliação Institucional, 75% concordam que o processo de autoavaliação é um instrumento de gestão na melhoria institucional.
Em Desenvolvimento Institucional, destacam-se como potencialidades as políticas e as práticas de pesquisa e iniciação científica, de inovação tecnológica, e de desenvolvimento artístico e cultural alinhadas ao atual Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
Políticas acadêmicas
No que tange às Políticas Acadêmicas, os itens mais bem avaliados foram: as práticas de pesquisa (pós-graduação) e iniciação científica (graduação); as ações de extensão e os programas de bolsas; os programas de educação tutorial (PET); bem como transparência institucional e ouvidoria nos canais de comunicação da Ufes com as comunidades interna e externa. As fragilidades foram identificadas na infraestrutura de apoio às ações de extensão e na política institucional para acompanhamento de egressos.
No eixo Políticas de Gestão foram apontadas como potencialidades a garantia da qualificação acadêmica em programas de mestrado e doutorado e as ações de melhoria dos indicadores acadêmicos dos cursos de graduação pela coordenação/colegiado do curso. As fragilidades são identificadas na falta de indicadores de desempenho para o acompanhamento do orçamento e para a gestão dos cursos de graduação.
Infraestrutura
Na Infraestrutura, o item “placas de identificação e sinalização", por exemplo, foi avaliado como “ruim” ou “péssimo” por cerca de 58% dos gestores, sendo considerado como fragilidade. Dentre as potencialidades estão os restaurantes universitários, como item mais bem avaliado pelos gestores, e os portais institucionais.
“A partir dos resultados, a CPA sugere melhorias, como investimentos na infraestrutura de apoio à extensão e nas ações de acompanhamento de egressos, além de um projeto de sinalização para toda a Universidade”, afirmou Lorena de Freitas.
Próxima pesquisa
As pesquisas de avaliação vêm sendo realizadas na Universidade desde 2004 e, a cada ano, é dirigida a grupos específicos da comunidade acadêmica. No próximo mês de outubro começa a pesquisa de 2023, que vai ouvir os estudantes, docentes e técnicos-administrativos.
Texto: Sueli de Freitas
Edição: Thereza Marinho
