Em sessão solene, Assembleia Legislativa homenageia 60 anos do curso de Medicina

06/04/2022 - 19:03  •  Atualizado 01/11/2022 09:23
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A Assembleia Legislativa do Espírito Santo realizou nesta terça-feira, 5, uma sessão solene em homenagem aos 60 anos do curso de Medicina da Ufes. A homenagem, proposta pelo médico e deputado estadual Emílio Mameri, contou com a presença do reitor Paulo Vargas e do diretor do Centro de Ciências da Saúde (CCS), Helder Mauad, além de alunos, ex-alunos e ex-professores da Universidade. Na ocasião, também foram homenageados médicos formados pela Ufes (foto).

Mameri, que presidiu a sessão, afirmou que a criação da Escola de Medicina foi um marco para o desenvolvimento da pesquisa, formação profissional e assistência no estado. Muitos ex-alunos se tornaram professores, destacou ele, passando o conhecimento adiante para futuros médicos. 

Professor do curso por 38 anos, o parlamentar se emocionou ao recordar nomes do passado que deixaram um legado de trabalho e dedicação. “Que o curso de Medicina da Ufes siga formando profissionais qualificados cientificamente, que queiram cuidar e salvar vidas, oferecer esperança, diminuir a dor, tanto física quanto mental, e acima de tudo manter humanidade e a paixão por cuidar de pessoas”, ressaltou. 

O reitor da Ufes, Paulo Vargas, classificou o curso de Medicina como um dos melhores do país. “Essa é uma ocasião que deve ser comemorada por toda a sociedade capixaba. Isso porque, no decorrer de seis décadas, esse curso consolidou-se como uma valiosa conquista da população do Espírito Santo. Ele representa uma conquista da ciência e do conhecimento e, ao longo dos anos, vem produzindo formação qualificada de várias gerações de profissionais”, afirmou.

Vargas lembrou que o curso é um marco da educação superior no estado, representando um significativo avanço pois, até a sua criação, os jovens capixabas tinham de se dirigir para outros estados para cursar Medicina. “Desde a criação da nossa universidade em 1954, aprovada nessa Casa de Leis, o sonho de se criar o curso de Medicina percorria o ideário de estudantes e profissionais médicos que foi, enfim, materializado no início da década de 60”, destacou.  

Oficialmente, o curso de Medicina foi criado em 1954 junto com a Ufes, mas entraves burocráticos impediram seu funcionamento até 1961. Em 13 de abril daquele ano foi proferida a aula inaugural para os primeiros 28 futuros médicos (devido às restrições impostas pela pandemia, a sessão solene comemorativa pelos 60 anos não pode ser realizada em 2021).

O reitor enfatizou ainda as contribuições do curso nas áreas de pesquisa e extensão: “É um curso que desenvolve pesquisa científica em diferentes áreas, além de se notabilizar pela qualidade do ensino reconhecida nacionalmente, e pelas consistentes atividades de extensão universitária em diferentes regiões do Espírito Santo. Um curso cuja marca é uma história vigorosa, atuante, produtiva e modelar, que o torna uma referência entre as universidades brasileiras em todas as avaliações e rankings, e que se constitui em um marco da educação superior em nosso estado”.

Na foto, o reitor Paulo Vargas recebe uma homenagem ladeado (da esquerda para a direita) pelo diretor do CCS, Helder Mauad; pelo chefe do Colegiado do curso de Medicina, Douglas Marchesi; e pelo deputado estadual Emílio Mameri e sua esposa Angela Mameri, médica também formada pela Ufes. 

Esforços

Ex-governador e médico formado na Ufes, Vitor Buaiz falou sobre os esforços para a implantação do curso, que contava com uma equipe docente de alta competência técnica e sensibilidade humanística para ministrar as matérias do curso básico. Ele lembrou que muitos professores vieram de fora, notadamente de Minas Gerais, no início do funcionamento. Um deles foi Fausto Edmundo Lima Pereira, que defendeu a primeira tese de doutorado da Ufes. O ex-professor foi homenageado com um certificado na sessão solene. 

“Quantos seres humanos se colocaram diante de nós nesses 60 anos, como se estivessem diante de um confessionário”, disse Vitor Buaiz sobre o sacerdócio de exercer a Medicina e curar dores do corpo, da mente e da alma.

“Os tempos mudaram. Mudou a Medicina, da filantropia para a alta tecnologia. Por outro lado, aumentou a distância na relação médico-paciente. Entre esses pacientes nós colocamos uma máquina. A conversa cordial deu lugar a uma extensa prescrição de drogas, muitas vezes de indicação menos precisas”, avaliou. 

A estudante Maria Esthér Nóra Sanches, presidente do Diretório Acadêmico de Medicina, ressaltou o ideal que une os doutores. “O que nos une no objetivo comum é o desejo de ajudar as pessoas a nossa volta, de contribuir para a preservação da saúde para o melhoramento da qualidade de vida. Nesse sentido, a Medicina se torna muito mais que uma profissão e é, sim, um sacerdócio”, atestou. 


Conheça a lista dos homenageados:

  • Ademar de Barros
  • Aloisio Falqueto
  • Berilurdes Wallacy Garcia
  • Carlos Alberto Redins
  • Dalton Valentim Vassallo
  • Diuzete Maria Pavan Batista
  • Eliana Bernadete Caser
  • Fausto Edmundo Lima Pereira
  • Fernando Alfredo Pretti
  • Fernando Ronchi
  • Gustavo Peixoto Soares Miguel
  • Jansen Giesen Falcão
  • Johnson Joaquim Gouvêa
  • José Fernando Duarte
  • José Maria Gomes Perez
  • Julinha Vilá
  • Lauro Vasconcelos
  • Luiz Sérgio Emery Ferreira
  • Marcelo Guerzet
  • Márcio Maia Lamy de Miranda
  • Maria do Carmo Linard Reis
  • Michel Silvestre Zouain Assbu
  • Miria Vassoller
  • Paulo Mendes Peçanha
  • Rita Elizabeth Checon de Freitas Silva
  • Samuel Paiva Martins
  • Sergio Ramos
  • Valdério do Valle Dettoni
  • Vera Lucia Ferreira Vieira
  • Vitor Buaiz
  • Wilson Mario Zanotti

 

Com informações e fotos da Assembleia Legislativa.
Edição: Thereza Marinho