Dois projetos da Ufes foram premiados recentemente em editais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Criado pelos bibliotecários da Universidade Leonardo Dalla Bernardina e Lizzie Chaves, lotados na Biblioteca Setorial de Maruípe, o projeto Introdução à Prática Baseada em Evidências usando a Sala de Aula Invertida foi classificado em segundo lugar pelo Portal de Periódicos da Capes e pela editora Wolters Kluwer Health. Já o projeto Web Livro Digital Acessível, elaborado pelo Laboratório de Design Instrucional (LDI) da Superintendência de Educação a Distância (Sead), também alcançou a segunda posição no Edital Inova EaD.
Na foto, a capa do livro Química Ambiental, disponibilizado na página da Sead.
Curso
Direcionado aos bibliotecários que trabalham na área da saúde, o curso Introdução à Prática Baseada em Evidências, promovido pela editora Wolters Kluer Health, foi realizado entre setembro de 2023 e janeiro deste ano, na modalidade on-line. Como trabalho final da capacitação, Chaves e Bernardina propuseram o método da Sala de Aula Invertida (SAI), que altera a tradicional dinâmica de ensino. Nesse modelo, os estudantes têm acesso prévio a conteúdos assíncronos antes das atividades presenciais. Durante as sessões presenciais, os especialistas ficam disponíveis para esclarecer dúvidas e orientar as práticas, proporcionando um suporte mais individualizado.
“Ficamos surpresos com o segundo lugar porque havia excelentes bibliotecários de saúde de todo o Brasil, vários muito mais experientes do que nós”, afirma Lizzie Chaves. Segundo ela, o projeto premiado foi pensado para alunos de graduação, inicialmente em Odontologia, mas será expandido para outras turmas no futuro. “Esse conhecimento cria condições para que os futuros clínicos saibam fazer um contraponto às fake news e pseudociências na área da saúde”, explicou ela.
Inovação
Vice-campeão no edital de projetos relacionados à disseminação de produtos e recursos de inovação tecnológica educacional, o Web Livro Digital Acessível proporciona às obras do acervo da Sead um formato interativo, acessível a qualquer navegador e disponível para download. Além disso, o projeto inclui mecanismos de navegação melhorados e ajustes de leitura, como troca de fonte e de esquema de cores, permitindo sua flexibilização para adaptação a diferentes contextos de publicação e a utilização por pessoas com diferentes tipos de deficiências e transtornos de aprendizagem.
“A ótima classificação que conseguimos reflete a importância do desenvolvimento e da disseminação de produtos com foco na inclusão, para que tenhamos uma educação a distância que contemple as necessidades de todas as pessoas em sua diversidade”, afirma o coordenador da iniciativa, o professor Edson Rufino.
Com informações da CGCOM/CAPES e da Sead