A professora do Departamento de Educação e Ciências Humanas do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes) Marina Miranda, coordenadora do Coletivo Tupiabá Projeto Originários, é uma das participantes da Mesa 12 da Flipinha 2021, que tem como tema Pé na terra e cabeça nas letras. O evento, que faz parte da programação da 19ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), está marcado para este sábado, 27, das 14h30 às 16 horas, no YouTube da Flip.
Marina Miranda falará sobre as obras literárias infantis com temáticas indígenas de sua autoria e também sobre a obra coletiva Guardiões e Guardiãs da Terra e do Céu: Cartas Originárias de Crianças indígenas para o mundo.
“Essa obra coletiva foi organizada por mim, pelas professoras Celeste Ciccarone (Centro de Ciências Humanas e Naturais da Ufes) e Fernanda Monteiro Barreto Camargo (Centro de Educação da Ufes), e pelo pesquisador da Universidade Federal do Sul da Bahia Fábio Guss Strelhow, a partir de projeto de extensão de mesmo nome, em parceria com o Programa de Licenciatura Intercultural Indígena (Prolind/Ufes)”, afirmou.
A professora também é autora dos livros infantis Juá, Piraque-açu do mar e Aranã e a cacimba.
Flip
A Feira Literária de Paraty está sendo realizada neste ano de forma on-line. Outra inovação diz respeito ao homenageado do ano, tradicionalmente um importante nome da literatura. Segundo os organizadores, nesta 19ª edição serão homenageadas as vítimas da covid-19, “em especial os pensadore(a)s/ conhecedore(a)s/ mestre(a)s indígenas que tiveram suas vidas interrompidas (...). Eleger não uma pessoa, mas um conjunto de homenageados, e se alinhar ao espírito de colaboração e de coletividade das florestas”.
A Flipinha é um dos eixos da Flip, criada para promover a literatura e incentivar a leitura entre alunos e professores da rede escolar de Paraty. Sua programação de mesas literárias (Ciranda dos Autores) teve a participação de mais de 110 autores e ilustradores de literatura infantil desde 2012. A Flipinha desenvolve também atividades que vão além do período de realização da Flip, como seminários, ciclos de literatura e oficinas de temática variada (ilustração, escrita criativa etc). A formação anual de mediadores de leitura é outra tradição do projeto, que já formou mais de 500 mediadores.
Texto: Sueli de Freitas
Edição: Thereza Marinho