Projeto de extensão usa redes sociais e podcast para falar de temas científicos para a população

11/06/2024 - 18:31  •  Atualizado 11/06/2024 18:58
Texto: Thiago Sobrinho     Edição: Thereza Marinho
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Logomarca do projeto: em um quadrado preto há um círculo branco e, dentro dele, em letras brancas, a inscrição Bioqcast, ciência para todos. Acima da palavra Bioqcast há o símbolo de um átomo.

Democratizar o acesso ao conhecimento científico e desmistificar a ciência para o público em geral. Essa é a tarefa do Bioqcast, projeto de extensão criado há um ano pelo professor do Departamento de Ciências Fisiológicas da Ufes Alexandre Santos, que utiliza o Instagram e o Spotify para despertar o interesse da população pelas áreas das ciências que envolvam desde fenômenos rotineiros até os mais elaborados.

Com mais de mil seguidores, o Instagram do Bioqcast apresenta em seu feed curiosidades, notícias e informações sobre diversos temas científicos. Os assuntos variam: vão de curiosidades sobre como o sal afeta nosso organismo e provoca doenças até explicações sobre o funcionamento da tecnologia Bluetooth.

Já pelo podcast, o projeto ganha fôlego e entrega aos ouvintes virtuais entrevistas descontraídas com especialistas, discussões aprofundadas sobre temas e debates atuais. O episódio mais recente entrevista a biomédica baiana, pesquisadora e doutora em Patologia Jaqueline Goes, que fala sobre mulheres na ciência.

Também há programas sobre efeito placebo, a história da bioquímica e também depoimentos de participantes do projeto que relatam sobre quais eram suas expectativas antes de entrarem na Universidade e qual realidade encontraram após acessarem o ambiente acadêmico.

“O Bioqcast aborda temas que são relevantes para a vida das pessoas, como saúde, meio ambiente e tecnologia, de uma forma descontraída e usando uma linguagem acessível à população, de modo que crie interesse pelo conteúdo científico”, resume Alexandre Santos.

Projeto colaborativo

De acordo com o coordenador do Bioqcast, o projeto é colaborativo e conta com a participação de estudantes, pesquisadores e profissionais de diferentes áreas. Integram a iniciativa alunos de graduação em Medicina, Química e Física, e pós-graduandos e doutorandos em Bioquímica e Biotecnologia.

“O conteúdo é apresentado de forma clara e concisa, utilizando linguagem que o público em geral consegue entender. Além disso, o Instagram investe em imagens autorais criadas exclusivamente para os perfis de redes sociais do projeto, a fim de não ser apenas um conteúdo informativo, mas uma fonte de inspiração também visual”, explica Santos.

Redes sociais

Para Alexandre Santos, utilizar as redes sociais para divulgar o Bioqcast é também uma maneira de ampliar o alcance dos conteúdos produzidos. “O seu objetivo é democratizar o acesso ao conhecimento científico e aproximar a ciência da sociedade em geral”, afirma o professor.

“Ao tornar a ciência mais acessível e atraente, o Bioqcast espera despertar o interesse dos jovens pela ciência e incentivá-los a considerar uma carreira na área”, complementa.

Agora, a ideia do coordenador do projeto é, ao lado dos demais integrantes do Bioqcast, amplificar a produção que já é feita a partir de outras plataformas, como o YouTube. Também está nos planos buscar parcerias com outras instituições de pesquisa e financiamento para adquirir equipamentos melhores e investir na produção de conteúdo.

“O objetivo a longo prazo é que nos tornemos uma referência nacional em divulgação científica, reconhecido pela qualidade e pelo impacto do trabalho”, resume.

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