Nesta sexta-feira, 11, o projeto de extensão Nutrical: Ambulatório de Assistência em Nutrição e Comportamento Alimentar promove um encontro sobre o “comer emocional”. O encontro, em ambiente virtual e ao vivo, com duração média de duas horas, vai acontecer às 16 horas e é destinado a mulheres com mais de 18 anos. As inscrições gratuitas podem ser feitas por formulário eletrônico. O link está também disponível no perfil do projeto no Instagram.
“Esses encontros ocorrem mensalmente, com temáticas variadas sobre comportamento alimentar. Será uma roda de conversa, onde falaremos sobre os conceitos e estratégias para lidar com o comer emocional. O processo é bem dinâmico, com grande participação dos convidados”, explica a coordenadora do projeto e professora do Departamento de Nutrição da Ufes, Fabíola Lacerda. A equipe é formada por docentes e discentes do curso de Nutrição, além de uma psicóloga que acompanha o trabalho.
Lacerda conta que, por meio do projeto Nutrical, são formados grupos terapêuticos integrados por pessoas da comunidade acadêmica e da população em geral. “Nessa primeira sequência de encontros que estamos fazendo desde o semestre anterior, priorizamos as mulheres por serem as mais atingidas por questões como a insatisfação corporal e o comer disfuncional, incluindo o comer emocional”, explica a professora. Mas, segundo ela, nos próximos encontros também serão convidados homens que convivem com o mesmo mal.
O projeto também oferece atendimentos individualizados para aqueles e aquelas que solicitam na Clínica Escola Interprofissional em Saúde do Centro de Ciências da Saúde (CEIS/CCS/Ufes). Basta preencher o formulário e aguardar o contato da equipe.
Comer emocional
Artigo publicado pela pesquisadora Fernanda Penaforte, do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, e outros autores, relata estudos nos quais foram verificados que "mulheres estressadas apresentaram maior consumo de alimentos calóricos quando comparadas às menos estressadas, o que não foi visto para os homens".
Os pesquisadores afirmaram que "alimentos ricos em gordura e em açúcar geram prazer e emoções positivas, aumentando o desejo por seu consumo e associando a lembrança de seu consumo com a sensação de recompensa. Dessa forma, o redirecionamento das escolhas alimentares frente a situações estressantes, traduzido pela tendência à mudança das preferências alimentares e aumento do consumo de alimentos que normalmente são consumidos com cautela, está relacionado à tentativa de utilizar o alimento como forma de aliviar este estado emocional".
Texto: Sueli de Freitas
Edição: Thereza Marinho