Universidade Federal do Espírito Santo
Em montagem inédita no Brasil, o sucesso mundial Gargalhada Selvagem chega ao Teatro Universitário neste fim de semana, com uma dupla de comediantes tarimbada na televisão e nos palcos. Dirigidos por Guilherme Weber, os atores Alexandra Richter e Rodrigo Fagundes estrelam a comédia neste sábado, 17, às 20 horas, e neste domingo, 18, às 17 horas. Os ingressos são gratuitos: basta entregar 1 quilograma de alimento não perecível (exceto sal e açúcar) na bilheteria do teatro, das 14 às 17 horas.
Escrita pelo estadunidense Christopher Durang em 1987, a peça já contabiliza um público de mais de 5 milhões de pessoas, entre plateias da Austrália, Inglaterra, Espanha, Argentina e outros países. Na trama, um homem e uma mulher atravessam a mesma gôndola de um supermercado. Eles pertencem a universos diferentes, com jeitos particulares de se relacionar com o mundo. Quando se esbarram comprando uma lata de atum, precisam conviver com os sonhos e os pesadelos do outro.
A ideia da peça é satirizar os costumes e propor uma reflexão sobre questões do cotidiano, como a neurose da vida em uma grande cidade, os relacionamentos amorosos, a positividade incensada pela sociedade contemporânea e o artificialismo de algumas relações.
“A ferocidade da vida nas grandes cidades apenas aumentou desde que o texto foi escrito e é nesta observação que os personagens são criados”, afirma o diretor Guilherme Weber. “São, ambos, um catálogo de neuroses da vida urbana e, quando estes catálogos se encontram, explodem em comédia. Os personagens são dois atores que usam o humor como escudo, a linguagem como arma e a piada como um colete salva-vidas”.
Comportamento humano
Segundo Weber, uma influência fundamental na concepção da versão brasileira da peça foi o teatro alternativo de Nova Iorque dos anos 1970 e 80. “Era uma época de profunda provocação, e a comédia sempre foi um terreno fértil para a observação aguda do comportamento humano”, explica ele.
Além disso, Gargalhada Selvagem pretende ser, Weber diz, uma homenagem à comédia como linguagem: “Estamos compondo em cena diferentes expressões da comédia e do humor: piada de salão, número de plateia, humor físico, paródia, stand up, chanchada”.
Realizado pela WB Produções, o espetáculo faz parte do projeto Diversão e Arte, apresentado pelo Ministério da Cultura e pela ArcelorMittal Tubarão, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Texto: Leandro Reis, com informações da WB Produções
Foto: Divulgação
Edição: Thereza Marinho
