A Ufes sedia neste sábado, 20, a II Conferência Estadual de Migrações, Refúgio e Apatridia do Espírito Santo (Comigrar-ES), que pretende debater e buscar formas para assegurar a defesa dos direitos da população migrante, refugiada e apátrida, por meio da mobilização e do aprimoramento das políticas públicas destinadas a este público.
O evento teve início às 8h30 e acontece no auditório do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Metodologias para Análises de Petróleos (Labpetro), no campus de Goiabeiras. A programação que se estenderá por todo o dia e contará com palestras e debates em grupos que abordarão os seguintes eixos temáticos: igualdade de tratamento e acesso a serviços públicos; inserção socioeconômica e promoção do trabalho decente; enfrentamento a violações de direitos; governança e participação social; regularização migratória e documental, e interculturalidade e diversidades.
Na cerimônia de abertura, o reitor Eustáquio de Castro (no púlpito) destacou a importância da Universidade sediar o evento. “Buscamos cada vez mais acolher a diversidade e respeitar as pessoas, para que possamos contruir uma universidade e uma sociedade mais inclusiva e mais democrática. Vivemos um momento de construir pontes, de promover o diálogo, a colaboração e de nos reunirmos em prol dos direitos humanos e da dignidade para todos, independentemente da nacionalidade, etnia ou religião”, afirmou.
Ele citou ainda os casos recentes de grupos de venezuelanos e de nigerianos que chegaram ao Espírito Santo em busca de refúgio. “Diante desse cenário, é nossa responsabilidade, enquanto instituição de ensino e membros de uma comunidade global, dar voz a essas realidades, entender suas nuances e buscar soluções que promovam proteção, justiça e inclusão”, destacou.
Além do reitor da Ufes, a solenidade de abertura contou com a presença do representante da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), Willian Laureano; da secretária de Estado de Direitos Humanos, Nara Borgo; da titular da Cátedra Sérgio Vieira de Mello da Acnur na Ufes, Brunela Vicenzi; da chefe da Divisão de Naturalização do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Rayssa Cavalcante; do coordenador do Núcleo de Apoio aos Refugiados no Espírito Santo (Nuares), Rafael Simões; do líder dos venezuelano da etnia Warao, Cacique Ruben Mata Mata; e o líder da Mesquita Vitória e embaixador da Paz no Brasil, Sheik Mohamad Barakat.
“As parcerias interinstitucionais são importantes para a construção de políticas efetivas em prol das pessoas que passam por migrações forçadas e por situações de apatridia”, ressaltou a professora Brunela Vicenzi.
Ao final do dia, haverá a escolha de delegados que participarão da conferência nacional prevista para ocorrer em junho, em Foz do Iguaçu.