
Pessoas idosas que moram sozinhas podem enfrentar desafios como solidão, dificuldades de locomoção e, em muitos casos, problemas de saúde. Por este motivo, devem ser acompanhadas. O alerta é da Universidade Aberta à Pessoa Idosa (Unapi), programa de extensão da Ufes que há 29 anos atua para a melhoria da qualidade de vida, a convivência social, o envelhecimento ativo e a manutenção da saúde física, mental e emocional de pessoas a partir de 60 anos de idade.
Segundo a coordenadora do projeto, Monique Cordeiro, cerca de 5.660 brasileiros com mais de 60 anos vivem sozinhos em todo o país, de acordo com dados do IBGE. Ela ressalta que, em algumas situações, a falta de acompanhamento pode resultar em fatalidades como a que ocorreu recentemente com o ator Gene Hackman, de 95 anos, e sua esposa, de 65 anos, encontrados em sua residência vários dias após o falecimento. “Este caso é apenas um entre muitos que ocorrem com frequência em todo o mundo e serve como um alerta para as famílias e comunidade”, afirma Cordeiro.
A coordenadora aponta que medidas simples, como manter contato regular e utilizar as tecnologias disponíveis, podem ter um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas idosas. Entre as medidas que podem ser adotadas estão a criação de grupos no WhatsApp para trocar mensagens curtas com os idosos e verificar seu bem-estar; uso de relógios inteligentes equipados com funcionalidades como botão S.O.S., sensor de queda e medidor de pressão; adoção de dispositivos de monitoramento remoto equipados com sensores que verificam atividades diárias, como movimento e padrões de sono; e a utilização de chaves de emergência e fechaduras eletrônicas que facilitam a entrada de pessoas de confiança para prestar assistência.
Cordeiro pondera que, embora medidas tecnológicas possam ser o meio mais viável para prestar acompanhamento aos idosos que vivem sozinhos, considerando que muitas famílias enfrentam rotinas intensas que dificultam o acompanhamento presencial, deve-se buscar um equilíbrio entre a segurança e a privacidade das pessoas: “alternativas como a instalação de câmaras de segurança, por exemplo, podem ser uma solução eficaz para verificar se as pessoas idosas estão bem, mas muitas podem não se sentir confortáveis com essa opção. É necessário buscar o diálogo antes de se escolher a melhor alternativa”, conclui.
Mais informações sobre a Unapi e sobre inscrições para oficinas, cursos e outras atividades ofertadas para pessoas com mais de 60 anos podem ser acessadas no site do projeto ou no perfil da Unapi no Instagram.
Imagem gerada por inteligência artificial.