Cantora Ilus apresenta novo disco no auditório do Centro de Artes nesta quinta-feira, 20

18/07/2023 - 16:36  •  Atualizado 19/07/2023 18:41
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A cantora e compositora Ilus promove a audição coletiva do seu novo álbum, Natureza Líquida, no auditório do Centro de Artes da Ufes, no Cemuni IV, nesta quinta-feira, 20, a partir das 20 horas. A entrada é gratuita e sujeita à lotação do espaço.

Na ocasião, Ilus realiza uma roda de conversa sobre o novo trabalho musical e interpreta as canções do álbum, com o acompanhamento da violonista Cris Bravin. Produzido no Estúdio de Música da Ufes, Natureza Líquida reúne nove composições autorais e um poema da cantora, e será disponibilizado integralmente ao público no dia 28 de julho, por meio das plataformas digitais Spotify, Deezer, Apple Music e YouTube Music.

Segundo Ilus, o evento foi pensado como uma forma de apresentar o novo álbum dentro de um formato intimista, que permite a interação entre a artista e o público. “Será uma mistura de prévia com comemoração pelo trabalho realizado. Quem estiver presente poderá ouvir as canções com exclusividade, e o trabalho completo vai falar por si quando estiver disponível integralmente nas redes”, afirma a cantora.

Camaleônica, Ilus transita pelo canto lírico e popular, em óperas, na literatura e nos palcos – é autora de livros de poemas e dramaturgias, além de fundadora do grupo Ópera Prima. Quem acompanha seu trabalho na cena cultural de Vitória certamente já testemunhou sua versatilidade, interpretando blues, jazz, música eletrônica e funk feminista. Em seu novo álbum, a artista une a sua voz ao violão de Cris Bravin.

“Esse é um trabalho nosso. Conheci a Cris numa atividade acadêmica em que ela, por intermédio de uma professora nossa, se propôs a tocar comigo na Mostra de Profissões da Ufes. Tivemos uma sintonia muito forte. Ela é muito talentosa e compreende rapidamente os afetos que quero passar nas músicas”, descreve a cantora.

De acordo com a cantora, as canções de Natureza Líquida revelam uma fase mais introspectiva na sua carreira, ao mesmo tempo em que registram uma diversidade no seu repertório. “Eu queria muito fazer um álbum que tivesse uma sonoridade mais próxima do rock dos anos 1980, ao mesmo tempo em que também bebesse de outras fontes, como a música popular brasileira e a trilha sonora com uma pegada mais fantástica. De certa forma, acabei criando uma sonoridade muito própria, que une as músicas, ainda que em ritmos diferentes”, observa.

Espectro autista

Diagnosticada há dois anos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), Ilus propõe em sua obra um olhar sobre a realidade desse segmento da sociedade, sempre sob o prisma da equidade social e o respeito às diferenças. As novas composições traduzem o seu desejo de afirmação e a visão da arte como instrumento de transformação social.

“Sou uma pessoa que luta por um mundo mais gentil, onde as pessoas tenham direito de ser quem são e, dessa forma, serem respeitadas, valorizadas e terem espaço à cidadania plena. E quando me descobri sendo uma pessoa autista, não poderia deixar de abraçar essa luta também no meu trabalho”, afirma.

A divulgação do álbum integra o Projeto TransIlustríssima, selecionado pelo Edital de Produção, Difusão e Distribuição Musical da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-ES).

 

Com informações e foto da assessoria da cantora