Crianças indígenas de aldeia tupiniquim visitam exposição na Ufes em novembro

03/11/2023 - 10:37  •  Atualizado 06/11/2023 15:32
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A Expovespa - Harmonia do caos: entre o real e o fantástico mundo das vespas parasitoides receberá, na próxima segunda-feira, 6, crianças indígenas da aldeia tupiniquim Caieiras Velha, do município de Aracruz. Instalada na Biblioteca Central, a exposição é organizada pelo Laboratório Popularização da Ciência (Labpop) e o Núcleo de Excelência em Sistemática de Bethylidae (NESB) da Ufes, que desenvolvem ações para levar conhecimento científico à população do Espírito Santo. Os insetos representados na exposição são vespas capixabas, coletadas no estado e fotografadas em laboratórios de pesquisa da Ufes.

Na visita, 90 crianças indígenas a partir de seis anos de idade conhecerão o mundo das vespas parasitoides, que são insetos que comem outros insetos. As vespas vivem de forma semelhante aos parasitas e, por isso, podem ser excelentes agentes de controle biológico de pragas agrícolas, ajudando na produção de alimentos orgânicos.

Também na segunda, as crianças visitam a Galeria de Arte e Pesquisa da Ufes (GAP), que inaugurou em outubro uma exposição coletiva dentro do projeto Percursos.

Aproximação

No dia 13 de novembro, será a vez dos indígenas tupiniquim do segundo ao sétimo ano escolar visitarem o campus de Goiabeiras, enquanto os estudantes do terceiro ao quinto ano são esperados na Ufes no dia 20 de novembro. Além da visita à exposição, os indígenas vão almoçar no Restaurante Universitário (RU) de Goiabeiras e conhecer outros projetos da Universidade. As ações fazem parte dos projetos de extensão Mostra de Biologia e Ufes de Portas Abertas.

“É muito importante para a Ufes essa aproximação com a comunidade. Receber os povos originários é uma oportunidade rica em experiência e aprendizagem tanto para os visitantes quanto para nossos estudantes. São momentos de integração e promoção da dialogicidade de ensino, pesquisa e extensão”, afirmou a professora do Departamento de Ciências Biológicas e coordenadora da exposição, Viviana Corte.

Na avaliação da professora, “para as crianças indígenas será um momento de vivenciar a Ufes, criando desde cedo um sentimento de pertencimento, afeto e motivação para que ocupem esse espaço”. E complementa: “É de total interesse da Ufes termos cada vez mais estudantes indígenas ingressando e permanecendo em nossos cursos de graduação e pós-graduação”.

 

Texto: Sueli de Freitas

Edição: Leandro Reis