Universidade Federal do Espírito Santo
Em 2023, o dia 26 de abril foi escolhido como o Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído (Inad, em inglês) e, para celebrar a data, o Departamento de Fonoaudiologia vai realizar a transmissão de uma palestra promovida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre o tema. Na próxima terça-feira, dia 18, os estudantes do curso poderão acompanhar a mesa redonda Volume e compressão do som no meios de comunicação! no auditório do Pavilhão Didático Rosa Maria Paranhos (campus de Maruípe), que terá início às 15 horas. Gratuito, o evento terá tradução simultânea francês-português e garantirá certificado aos participantes.
Parte da programação da segunda edição da Semana do Som da Unesco no Brasil, a mesa redonda vai discutir as técnicas de registro e difusão sonora nas perspectivas francesa e brasileira. Participam do evento o engenheiro de som e presidente da Associação da Semana do Som de Paris, Christian Hugonnet; o mixer de som do estúdio de mixagem MixRuts, Daniel Felix; e o técnico em audiovisual da UnB TV (Universidade de Brasília), Guy Fillipe.
Demais interessados em acompanhar a mesa podem se inscrever por meio do link do evento. As vagas são limitadas.
Orientações à população
Dando prosseguimento à campanha Inad Brasil, intitulada Ruído na comunicação? Todos sem conexão!, professores e estudantes do Departamento de Fonoaudiologia promoverão ações nos dias 25 e 26 de abril, no campus de Maruípe da Ufes e nas unidades básicas de saúde de Vitória Otaviano Carvalho (Jardim da Penha), Geny Grijó (Centro) e de Maria Ortiz.
Durante o evento, serão realizadas atividades de orientação e aconselhamento por meio da entrega de panfletos e materiais de educação em saúde, instruindo o público a cuidar da própria audição, do ruído ambiental e a adotar comportamentos de prevenção.
Coordenadora da ação, a professora Mabel Almeida ressalta que o ruído acarreta alterações auditivas e extra-auditivas que interferem na qualidade de vida das pessoas, como perda auditiva sensorioneural, zumbido e tontura.
“A perda auditiva induzida e o nível de pressão sonora elevado (painpse) é um problema de saúde pública e acomete principalmente trabalhadores que possuem contato com o agente de risco ruído. A exposição continuada ao ruído e agentes químicos ocasionam uma perda auditiva irreversível que interfere na qualidade de vida, com limitações nas habilidades comunicativas”, explica.
Segundo Almeida, o ruído presente nos ambientes de trabalho, lazer e familiar pode exercer um efeito mascarador no sinal de fala, o que diminui a compreensão da mensagem, podendo levar a situações de constrangimento nas relações sociais e ao consequente isolamento social. A professora afirma que o efeito do ruído durante a comunicação é ainda maior em pessoas com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), com alterações no processamento auditivo central ou com perda auditiva, como a presbiacusia (alteração nas vias auditivas decorrente do processo de envelhecimento).
“Ou seja, em contexto conversacional, um ambiente ruidoso prejudica habilidades auditivas que permitem que a pessoa compreenda e preste atenção na conversa, tornando o momento de troca comunicativa menos prazeroso, porque vão precisar de um maior esforço naquele momento de comunicação”, conclui a professora.
Os eventos da campanha Inad Brasil 2023 são promovidos pelo Departamento de Fonoaudiologia da Ufes, em parceria com o Conselho Regional de Fonoaudiologia (Crefono 6) e outras instituições de ensino superior do estado.
Texto: Adriana Damasceno
Edição: Thereza Marinho
