Luiz Carlini toca Beatles e homenageia Rita Lee no Teatro Universitário nesta quinta, 6

06/07/2023 - 09:54  •  Atualizado 07/07/2023 11:45
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Mais um grande nome do rock nacional sobe ao palco do Teatro Universitário nesta quinta-feira, 6. Convidado do Projeto Sócio de Carteirinha, o guitarrista Luiz Carlini, da banda Tutti Frutti, toca sucessos do Quarteto de Liverpool ao lado do Clube Big Beatles, a partir das 21 horas. Os ingressos custam R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia) e estão à venda nas Óticas Paris (Praia do Canto, Jardim da Penha, Centro da Praia Shopping e Shopping Vila Velha) e pelo site Le Billet.

Nascido nos anos 50, Luiz Carlini se tornou fã de Beatles na adolescência, quando os britânicos começaram a fazer sucesso com os hits de Please Please Me e With the Beatles, discos lançados em 1963. “Os álbuns dos Beatles foram os primeiros discos que eu tive, que minha mãe me deu. Eu andava com eles na rua, levava para a escola junto com material escolar. Não tinha onde ouvir, mas eu andava com aquilo debaixo do braço”, lembra Carlini.

Além do impacto musical, outra característica da banda fez com que Carlini se apaixonasse: “Fui ao cinema assistir ao ‘Os Reis do iê iê iê’ [filme de 1964 estrelado pelos Beatles] e apareceram aqueles cabeludos. Já fiquei louco por cabeludos (risos)”, diz.

A partir daí, o quarteto moldou sua forma de fazer música, junto com outras influências como Jimi Hendrix e Rolling Stones. “A influência dos Beatles é a beleza, o bom gosto. Harmonicamente, eles não se parecem com nada. Não tinha referência, era a coisa mais original que já tinha aparecido”, analisa.

Os Mutantes e Rita Lee

Antes de fundar o Tutti Frutti e ter sua própria carreira, Carlini foi roadie dos Mutantes, trio formado pelos irmãos Sérgio Dias e Arnaldo Baptista com a cantora Rita Lee, que morreu em maio deste ano. Sergio e Arnaldo eram vizinhos de Carlini no bairro Pompeia, em São Paulo, e também sofreram grande influência dos Beatles, segundo o guitarrista. “Os Mutantes foram muito baseados nos Beatles. Eles começaram como um grupo vocal, três vozes, e os Beatles tinham muita improvisação de vozes, assim como os Mutantes”, afirma.

Depois de sair dos Mutantes, Rita Lee formou com Carlini o Tutti Frutti, no início dos anos 1970. Durante cinco anos, Lee e Carlini gravaram quatro discos com inúmeros hits, como Agora só falta você e Ovelha negra.

“Minha relação com a Rita começou muito jovem, eu com uns 11 [anos] e ela com 16. Foi uma relação de amizade antes de ser profissional. Quando chegamos na maturidade musical, já tínhamos todo um preparo que veio da juventude”, lembra. “Ela era muito divertida. Teve uma fase bem louca, quando estávamos ‘embalados’ (risos). Mas foi muito divertido e isso refletiu na nossa música”.

Saudoso da amiga, Carlini promete uma homenagem a Rita Lee no show desta noite. Para a ocasião, ele trouxe a cantora Sol Ribeiro, sua esposa e voz da formação mais recente do Tutti Frutti, que também tem seu filho Roy Carlini. “É sempre um prazer olhar para o lado e ter alguém que você gosta de verdade”, diz.

Agenda

Até dezembro, o Projeto Sócio de Carteirinha receberá, todo mês, nomes de peso da música nacional para relembrar sucessos do Quarteto de Liverpool. Os próximos convidados são Milton Guedes (10 de agosto); Sílvio Brito (14 de setembro); Fernanda Takai, do Pato Fu (19 de outubro); Leo Gandelman (9 de novembro); e Edgard Scandurra, do Ira! (14 de dezembro).

 

Texto: Leandro Reis
Edição: Thereza Marinho