Ufes recebe Alcione, Fundo de Quintal e outros grandes nomes da música brasileira no festival TendaLab

25/07/2024 - 18:26  •  Atualizado 25/07/2024 18:26
Texto: Leandro Reis     Edição: Thereza Marinho
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Foto da cantora Alcione. Foto de Vinicius Mochizuki

Após o sucesso do ano passado, com aproximadamente 20 mil pessoas, a Ufes volta a receber o festival TendaLab, reunindo grandes artistas da música brasileira e talentos da nova geração nesta sexta-feira, 26, e sábado, 27, a partir das 19 horas. Sobem ao palco nomes como Alcione, Fundo de Quintal, Mart’nália, Odair José e Macucos em uma programação diversa e totalmente gratuita. O evento acontece no estacionamento em frente ao Centro de Artes, no campus de Goiabeiras.

O público será recebido, na primeira noite, pelo som eletrônico do DJ Zappie. Logo depois, os capixabas do Macucos comemoram 25 anos de carreira com sucessos como Além do Mar e o lançamento oficial do clipe de Cidade de Cor. Outro destaque da cena local, a banda Aurora Gordon toca em seguida, revisitando o legado de artistas da contracultura capixaba, como Afonso Abreu e Aprígio Lyrio.

Mais tarde, a dama do samba, Alcione, apresenta os grandes sucessos de sua trajetória de 50 anos. O samba continua com Mart’nália, voz de hits como CabideChega. Encerrando a noite, Roberta de Razão mostra o repertório inédito de Mais Forte Que Trovão, disco que acabou de lançar.

A segunda noite do TendaLab começa com a DJ Karolla. Em seguida, a cantora Filipe Catto apresenta o show Belezas São Coisas Acesas por Dentro, em que celebra o repertório da saudosa Gal Costa. O sábado ainda conta com shows de Odair José, depois de mais de 20 anos sem cantar em Vitória, do ícone do samba e do pagode Fundo de Quintal, e do capixaba André Prando, que lança novo disco no festival. Encerrando o TendaLab, a Festa Sintonia recebe os DJs KL Jay, Ajamu e Will para uma madrugada de black music.

Apoio da Ufes

Chegando a sua nona edição, o TendaLab recebe apoio da Ufes por meio da Secretaria de Cultura (Secult-Ufes), do Centro de Artes CAr) e da Superintendência de Infraestrutura (SI). Assim como na edição anterior, a produção do evento utilizará geradores de energia elétrica para não haver consumo de energia da Universidade. O TendaLab também é responsável pela limpeza geral do espaço e pela contratação de segurança especializada.

Para o secretário de Cultura da Ufes, Rogério Borges, o festival é uma parceria importante da Universidade no sentido de apoiar a cadeia produtiva da cultura. “Ao acolher o TendaLab, a Ufes, sendo um território cultural da cidade, tem a oportunidade de receber a comunidade externa em atividades artísticas gratuitas e de qualidade”, diz.

Lançamentos capixabas

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Foto do cantor André Prando.

Egresso da Ufes, o músico André Prando lança seu terceiro disco no festival, Iririu, palavra do “capixabês” que funciona como um cumprimento. Depois de Voador, álbum lançado em 2008 e que deu ao cantor a possibilidade de tocar em outros palcos nacionais, o novo disco representa uma “volta para casa” na sua carreira.

“Desde meu álbum anterior, fiquei um tempo sem saber como dar o próximo passo”, lembra. “Foi quando comecei a desenvolver a ideia do Iririu, pensando nesse resgate da história e da identidade do meu estado de origem, pensando em conseguir aproximar minha música de minha pessoa, de expressar coisas mais íntimas.”

Além do vínculo conceitual com o Espírito Santo, as faixas vêm embaladas em influências das mais diversas, da antropofagia de Oswald de Andrade à cultura psicodélica de Timothy Leary. “O tema da estrada, da vida nômade e cigana do artista passa por todo o álbum. E o amor, em suas diferentes faces, é o fio condutor dessa saga”, diz.

Também com um novo disco, a cantora Roberta de Razão vem para a sua segunda edição de TendaLab, agora com um repertório mais extenso. “Naquele show eu tinha apenas duas músicas e toquei quatro vezes cada uma (risos)”, diz. “Este será o primeiro show da nova fase, com um som mais maduro e acompanhada por três elegantes músicos.”

Misturando brega e punk, Roberta apresenta nesta sexta as faixas de Mais Forte Que Trovão, trabalho no qual a vivência queer se destaca. O processo de criação, ela lembra, começou ainda antes da pandemia de covid-19 e foi influenciado pelo contexto político. “Passamos por um período muito delicado no mundo, principalmente na política. Eu tinha muito medo do que poderia acontecer sendo ‘sapatão’”, diz.

O 9º TendaLab conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale e da Petrobras por meio da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura. Conta também com o apoio do HZ, da Rede Gazeta e do Canal Brasil, além do apoio institucional da Ufes. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

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