A comissão criada pela Administração Central da Ufes para construir ações educativas e formativas para prevenção e enfrentamento da violência nas instituições de ensino iniciou uma enquete para mapeamento das situações de conflito existentes na Universidade. O questionário foi encaminhado por e-mail para estudantes, coordenadores de colegiados de cursos de graduação e pós-graduação, chefes de departamento e técnicos lotados em secretarias de colegiados de graduação e pós-graduação.
A enquete poderá ser respondida até 16 de julho e é o primeiro passo para a realização de um diagnóstico. As informações apuradas a partir das respostas obtidas servirão de base para a implementação de ações que possam prevenir situações de risco e promover um ambiente universitário acolhedor e favorável à cultura da paz.
“Nossa proposta é ouvir a comunidade universitária. Assim, a comissão terá as informações necessárias para saber que tipo de ações deverão ser tomadas”, afirma a pró-reitora de Graduação e coordenadora da comissão, Cláudia Gontijo.
Após a realização da enquete, a comissão vai realizar audiências públicas nos campi de Vitória, Alegre e São Mateus, a fim de apresentar os resultados da pesquisa e ampliar a escuta da comunidade universitária sobre o tema. A previsão é que as audiências aconteçam nos meses de agosto e setembro.
Convivência pacífica
A comissão foi criada no dia 8 de maio e, além da pró-reitora de Graduação, conta com representantes da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Cidadania (Proaeci), da Superintendência de Comunicação (Supec), de Centros de Ensino, da Superintendência de Infraestrutura, do Colégio de Aplicação (CAP) Criarte, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e das gerências de Ação Psicossocial e Orientação Interativa Escolar (Apoie) e de Serviços Terceirizados da Secretaria de Estado da Educação (Sedu).
Na ocasião, o reitor da Ufes, Paulo Vargas, afirmou que a proposta da Administração Central é pensar em políticas que permitam o desenvolvimento de um conjunto de ações integradas dentro da Ufes, para trabalhar na perspectiva da não violência, da convivência pacífica. “Estamos preocupados em como garantir ações para que as pessoas possam se sentir seguras dentro da Universidade”, disse.
A comissão se reúne quinzenalmente e atua a partir de quatro eixos definidos: mediação de conflitos e acolhimento; formação (o que pode incluir treinamentos e debates públicos); comunicação, para a divulgação de fluxos de ação; e Criarte, para tratar das especificidades do Colégio de Aplicação.
Texto: Thereza Marinho
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