O ensino a distância (EAD) ofertado pela Ufes obteve nota 4 (conceito Muito Bom, em uma classificação que varia de 1 a 5) na Avaliação para Recredenciamento Institucional realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) do Ministério da Educação (MEC). A avaliação ocorreu por meio de visita virtual às instalações da Superintendência de Educação à Distância (Sead) e da Universidade no período de 3 a 5 de julho e o resultado foi divulgado nesta quinta-feira, 13, representando um grande avanço em relação à avaliação anterior, feita em 2015, em que a Universidade obteve nota 3.
O reitor Paulo Vargas considerou o resultado muito positivo e lembrou que a Ufes tem um bom histórico no ensino a distância na Ufes, com elevada taxa de sucesso: “A experiência que temos acumulado sempre foi positiva se comparada ao EAD de outras instituições federais de ensino. Nossa taxa de sucesso é elevada, em relação à maior parte de cursos EAD ofertados no país, tanto nas instituições públicas quanto nas privadas. A mudança da nota 3 para 4 reflete o avanço e o esforço que tem sido empreendido no sentido de fazer do nosso ensino a distância um ensino de qualidade. É claro que tem aspectos que ainda precisam ser melhorados e que foram evidenciados na avaliação, mas temos conseguido avançar e continuaremos avançando”.
A secretária de Avaliação Institucional da Ufes, Leila Massaroni, afirmou que contribuíram para o avanço da nota 3 para a nota 4 indicadores como estrutura, organização interna, organização das políticas acadêmicas, equipe técnica capacitada e o estabelecimento de parcerias com setores da extensão e da graduação na Ufes, com secretarias municipais de Educação e com o Governo do Estado, o que proporcionou o fortalecimento do EAD.
Expertise
Para a superintendente de Educação a Distância da Ufes, Maria Auxiliadora Corassa, a nota 4 referenda a expertise da Ufes na oferta de cursos nesta modalidade, além de fortalecer o acesso às formações públicas, gratuitas e de qualidade para todo o estado do Espírito Santo e, principalmente, promovendo inclusão.
“Acreditamos que este resultado também se deve à transparência das ações empreendidas pela Sead no âmbito da Ufes, pela normatização de instrumentos e resultados, pela percepção da comunidade acadêmica em relação à importância e potencialidade desta modalidade de ensino, e pelas parcerias estabelecidas entre setores que permitiram, dentre outros, a criação do Edutics e do Moocqueca. Trabalhamos pela ampliação da divulgação das ações da educação a distância interna e externamente, pela captação de novos credenciamentos com aporte de fomento, e tivemos participação ativa nas capacitações durante a pandemia, para possibilitar a continuidade dos cursos presenciais da Ufes”, destaca.
Entre os itens avaliados com conceito máximo, a superintendente pontuou o Plano de Desenvolvimento Institucional da Ufes (PDI) e a Política Institucional para a modalidade EAD, os estudos realizados pela Sead para a implantação de novos polos de apoio presencial, o estímulo e difusão da produção acadêmica, a titulação do corpo docente que atua na modalidade, as políticas de capacitação de docentes, técnicos administrativos e tutores, o sistema e controle de material didático e a infraestrutura tecnológica.
“A expectativa para o futuro é intensificar as ações inovadoras dos cursos, promover maior divulgação das ações exitosas desenvolvidas neles e na Sead, buscar garantir a participação de estudantes da EAD em projetos de extensão e de pesquisa, ampliar sua participação nos projetos de acompanhamento de egressos da Ufes e avançar em relação às disciplinas de nivelamento”, afirma.
Qualidade
O recredenciamento institucional integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que analisa a qualidade da educação desenvolvida na Universidade, abarcando também os cursos e o desempenho dos estudantes. É uma avaliação que ocorre a cada oito ou dez anos, na qual são analisados 50 indicadores que se agrupam em cinco eixos temáticos: planejamento e avaliação institucional; desenvolvimento institucional; políticas acadêmicas; políticas de gestão; e infraestrutura.
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Texto: Thereza Marinho