Reitoria recebe demandas dos cursos dirigidos a estudantes indígenas

19/06/2024 - 15:16  •  Atualizado 20/06/2024 12:26
Texto: Sueli de Freitas     Edição: Thereza Marinho
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Foto da reunião, com todos os participantes sentados em volta da mesa.

As coordenações dos cursos que atendem aos povos indígenas na Ufes estiveram reunidas com o reitor da Ufes, Eustaquio de Castro, e a vice-reitora, Sonia Lopes, para apresentar demandas dos cursos de Pedagogia Intercultural Indígena (PII) e do Programa de Licenciatura Intercultural Indígena (Prolind). Participaram do encontro a coordenadora pedagógica do PII, Fernanda Camargo; a coordenadora do Prolind, Nicole Soares Pinto; o diretor do Centro de Educação, Reginaldo Sobrinho; a diretora do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), Luciana Fiorot; a coordenadora institucional do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR Equidade), Ozirlei Teresa Marcilino; a assessora de Relações Políticas com a Comunidade Acadêmica, Patrícia Rufino; e o secretário de Ações Afirmativas e Diversidade, Gustavo Forde.

“A reunião foi para conhecer as especificidades e demandas dos dois cursos, visto que teremos de investir nas ações de permanência desses novos estudantes na Ufes. A discussão ficou concentrada na permanência/moradia dos estudantes”, afirmou a vice-reitora.

Prolind

A coordenadora do Prolind, Nicole Pinto, afirmou que os principais desafios do momento são garantir moradia e alimentação gratuitas para os estudantes nos períodos em que eles tiverem aulas no campus de Goiabeiras (de cinco a sete semanas por semestre), e a bolsa permanência. “A pauta principal [do encontro] foi a apresentação dos cursos à atual reitoria e a política de permanência para estudantes indígenas na Ufes. Avalio que foi um passo importante na construção conjunta da recepção e da permanência dos estudantes indígenas na Ufes”, disse Nicole Pinto.

O processo seletivo para a segunda turma do Prolind está em curso, com 92 inscrições para 30 vagas destinadas exclusivamente a povos indígenas. O resultado saiu nesta segunda-feira, 17. A primeira turma foi formada em 2023, composta por 51 estudantes das etnias Tupinikim e Guarani que estão aptos a atuar como professores nas escolas de suas aldeias.

Pedagogia

Sobre a reunião, a coordenadora do PII, Fernanda Camargo, destacou: “me senti contemplada nas demandas apresentadas à gestão. Na função de docente, acredito que a PII está entre um dos cursos mais potentes da Ufes, pois se trata de suprir uma demanda que bate às portas da Universidade há muito tempo”.

O PII, do Centro de Educação da Universidade, vai dar início à turma única prevista pelo do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR Equidade) no segundo semestre deste ano. O objetivo é formar professores indígenas, com enfoque intercultural, para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na gestão escolar e na gestão de projetos de etnodesenvolvimento do território.

O curso ofertará 40 vagas destinadas integralmente aos indígenas autodeclarados, respaldados pelas suas comunidades, e será realizado em regime de alternância, intercalando períodos de tempo na Universidade (TU) e tempo na aldeia (TA), com duração de quatro anos. Os estudantes matriculados vão receber bolsa mensal, durante a vigência do curso, no valor de R$ 700.

Foto: Thiago Sobrinho

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