Evento conscientiza trabalhadoras terceirizadas sobre violência contra mulher e redes de apoio

03/09/2024 - 11:41  •  Atualizado 03/09/2024 12:12
Texto: Thereza Marinho, com colaboração de Lucas Pereira
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Foto do auditório com as trabalhadoras em primeiro plano (de costas) e a mesa coordenadora do evento ao fundo

Mais de cem trabalhadoras terceirizadas da Ufes participaram na última sexta-feira, 30, da palestra Violência contra mulheres: a importância das redes de apoio, realizada no auditório Manuel Vereza, no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), no campus de Goiabeiras. A formação foi uma iniciativa da Diretoria de Segurança e Logística da Universidade, por ocasião da campanha Agosto Lilás, de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. Para essa ação da gestão, foi convidado o projeto de extensão e pesquisa Fordan: cultura no enfrentamento às violências.

O evento contou com a presença da vice-reitora da Ufes, Sonia Lopes; da deputada federal Jack Rocha; do defensor público Vitor Soares, coordenador de Atendimento da Grande Vitória da Defensoria Pública; da defensora pública Fernanda Prugner, coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem); e do capitão da Polícia Militar Marcelo Andrade, que atua na Universidade. Além da vice-reitora, também participaram pela Ufes o diretor de Segurança e Logística, Diego Alves; a diretora de Assistência Estudantil, Déborah Nacari; a diretora do Centro de Educação Física e Desportos, Zenolia Figueiredo; a advogada do Fordan, Layla dos Santos; e a servidora da Diretoria de Segurança e Logística Thayanne Costa.

“Nós temos um grupo de trabalhadoras terceirizadas, colaboradoras da limpeza, que está na Universidade e é um grupo grande, que precisa ser informado sobre as questões da violência contra a mulher. Então, nós promovemos esse evento para falar sobre as redes de apoio e como as mulheres podem reagir a essas situações. A Universidade tem se comprometido com a questão das políticas voltadas para mulheres e uma das ações é justamente apoiar essa iniciativa, que visa informar e ampliar o conhecimento desse grupo de mulheres que muitas vezes é invisibilizado”, disse Sonia Lopes.

Durante a tarde, as participantes foram informadas pelos defensores públicos sobre as formas de violência e os meios para denunciá-las, assim como as redes de apoio disponíveis para realizar o acolhimento, com a mediação da professora Rosely Pires, coordenadora do Fordan.

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Foto da mesa do evento com os convidados presentes

Encorajar a denúncia

Para a deputada Jack Rocha, representante da bancada feminina da Câmara Federal, o evento foi importante para encorajar mulheres a denunciar qualquer forma de violência.

“Esse evento é muito importante, primeiro porque mostra a essas mulheres, que muitas vezes trabalham em posições que são consideradas de sub-representação, que elas podem ser protagonistas desse processo e também se sentir pertencentes a essa Universidade. A outra coisa é que a gente vive em um estado consideravelmente violento e em um momento de pós-pandemia, onde as notificações velaram a violência contra meninas e mulheres. Neste sentido, tentamos fazer com que mulheres se sintam encorajadas a fazer a denúncia de qualquer forma de violência, não só agressão física, mas agressão psicológica, patrimonial e outras”, disse.

A deputada exaltou a presença da Defensoria Pública no evento: “A Defensoria é um braço muito importante quando a gente fala da implementação de legislações, como a lei Maria da Penha e a lei de violência política, porque a violência pode acontecer em todas as escalas. Infelizmente, a violência contra a mulher acontece em todos os níveis sociais. O que nós precisamos é impedir que ela aconteça e falar que o Brasil não é o país da impunidade quando se trata de violência contra as mulheres”.

Fotos: Lucas Pereira

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