Galerias e museus da Ufes integram a programação da Semana Nacional de Museus

15/05/2023 - 12:58  •  Atualizado 16/05/2023 15:02
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Em comemoração ao Dia Internacional dos Museus, celebrado no dia 18 de maio, começa nesta segunda-feira, 15, a 21ª Semana Nacional de Museus, reunindo programações especiais em cerca de 1.100 instituições de arte em todo o país. No Espírito Santo, 15 espaços participam da iniciativa com exposições, palestras e mesas-redondas, incluindo a Galeria de Arte Espaço Universitário (Gaeu), a Galeria de Arte e Pesquisa (GAP), e o Museu de Ciências da Vida (MCV), localizados no campus de Goiabeiras, além do Museu de História Natural do Sul do Estado do Espírito Santo (Muses), localizado no município de Jerônimo Monteiro. O evento vai até domingo, dia 21.

Nesta edição, a Semana traz o tema Museus, sustentabilidade e bem-estar. O tema está em consonância com três dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU): Saúde e Bem-Estar Global, Ação Climática e Vida na Terra.

No campus de Goiabeiras, as exposições participantes já estão abertas à visitação. Inaugurada em 11 de abril, Mulheres no acervo da Ufes fica em cartaz na Gaeu até o dia 7 de julho; no hall do Teatro Universitário, até o dia 31 de maio, Acervo, Imagem e Documento exibe cartazes e documentos de mostras realizadas na GAP desde 1976; e a mostra Moradores da Floresta, reunião de espécimes de animais silvestres plastinados, promovida pelo MCV, está aberta ao público na Biblioteca Central da Ufes até 30 de junho.

Já no Muses, na unidade de Jerônimo Monteiro, estão programadas uma ação educativa sobre jacarés rurais (dias 17 e 18, das 9 às 16 horas); exibição de documentários sobre dinossauros (de 17 a 19 de maio, das 10 às 15 horas); visita mediada (de 17 a 19 de maio, das 9 às 16 horas); e oficinas sobre lixo marinho, geodiversidade e biodiversidade, patrimônio geológico capixaba (de 17 a 19 de maio, das 9 às 16 horas) e fontes de energia (de 17 a 19 de maio, das 9 às 12 horas).

Debates e visitas

Além das exposições, como parte da programação, a GAP realiza conversas que terão início nesta segunda-feira, sempre a partir das 16 horas. A primeira, com o professor José Aparecido Cirillo, do Departamento da Artes Visuais da Ufes (DAV), será sobre Acervos da arte contemporânea o arquivo, a galeria e o museu. Na terça-feira, 16, o encontro será com a professora Gilca Flores, coordenadora do Núcleo de Conservação e Restauração da Ufes (NCR), que discutirá o tema Documentação em conservação, montagem e desmontagem das obras em projetos expográficos. E na quinta, 18, será realizada uma mesa-redonda com os professores Daniel Hora (DAV), Ananda Carvalho (DAV) e Miguel Gally (UnB), sobre Sistemas da arte pós-digital: estudos sobre curadoria expandida em plataformas on-line. 

Os encontros acontecerão de forma virtual no canal do Centro de Artes da Ufes (CAr). A programação inclui também visitas mediadas com a equipe da GAP na galeria e no Teatro Universitário, na terça e na quarta, a partir das 15 horas.

Para a coordenadora da GAP, a professora Isabela Frade (DAV), as instituições de arte se inserem na temática da sustentabilidade de forma paralela à questão ecológica, ainda que também reflitam sobre ela. A programação de palestras, segundo ela, surgiu da disposição dos professores e de uma série de perguntas que envolvem a sobrevivência não só das pessoas num mundo pós-pandemia como também dos espaços culturais.

“A sustentabilidade é também gerar o movimento de permanecer vivo. A área da cultura sofreu demais nos últimos anos. Qual seria o caminho dos museus nesse contexto? Como permanecer vivos com restrições materiais, num mundo em crise? Somos uma instituição acadêmica, temos um perfil diferente das galerias comerciais”, explica.

Memória e futuro

Já na Gaeu, a Semana Nacional de Museus motiva uma conversa com as professoras e curadoras da exposição Mulheres no acervo da Ufes, Ananda Carvalho (DAV) e Margarete Góes (DLCE), nesta terça-feira, 16, a partir das 10 horas. Partindo da mostra, as professoras discutirão questões histórico-sociais e políticas, sobretudo relacionadas à luta das mulheres.

“Quando trazemos mulheres artistas para a discussão, surgem questões como a importância da memória e da visibilidade, os direitos que continuamos na luta para conquistar”, afirma Ananda Carvalho. “Precisamos ressaltar o papel crucial da arte na sociedade. Existe uma potência na arte em ativar o reconhecimento do passado, entender o presente e pensar em novas perspectivas para o futuro”.

Nesta segunda-feira, 15, celebrando o início da programação especial, a Gaeu ficará aberta em horário ampliado, até as 19h30.

 

Matéria atualizada em 16/05/23, às 11h13.

Texto: Leandro Reis
Edição: Thereza Marinho