Com os pesquisadores do Projeto Meros do Brasil, desenvolvido no Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), a Ufes participa da Conferência dos Oceanos 2022 das Nações Unidas, que começa nesta segunda-feira, 27, e prossegue até a próxima sexta-feira, 1º de julho. No evento científico mundial, que será realizado no formato presencial e on-line a partir de Lisboa (Portugal), será feito o lançamento da Rede de Conservação Meros do Atlântico. A transmissão ao vivo deste evento paralelo será realizada nesta terça-feira, 28, às 9 horas (horário de Brasília).
A iniciativa internacional objetiva a proteção da espécie Epinephelus itajara, popularmente conhecida como peixe mero. O evento – organizado pelo Projeto Meros, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental e aprovado pela ONU – busca a colaboração e integração de diferentes instituições internacionais de pesquisa para a conservação de ambientes marinho-costeiros. O peixe mero pode alcançar 2,5 metros de comprimento e pesar 400 quilos. No Brasil, a espécie é classificada como criticamente ameaçada de extinção.
Na Ufes, o grupo de pesquisa do Ceunes foi criado em 2008, e atua em conjunto com outras instituições nacionais de ensino, pesquisa e extensão, como as universidades federais de Santa Catarina, do Pará, de Pernambuco e de Alagoas. Associadas a outras instituições brasileiras e internacionais de investigação do mar nas Américas, na Europa e na África, elas formarão a Rede de Conservação dos Meros do Atlântico.
Apresentação
A proposta de criação da Rede será apresentada pelo Projeto Meros do Brasil, integrante da Rede de Conservação da Biodiversidade Marinha (Rede Biomar), que, através de outro evento paralelo da Conferência dos Oceanos, nesta quarta-feira, 29, mostrará o seu planejamento integrado para conservação de espécies e habitats para o período de 2021 a 2030.
“A Conferência dos Oceanos, organizada pela ONU, permitirá que o Projeto Meros do Brasil possa lançar a proposta de construção de uma rede que reúna pesquisadores e instituições de pesquisa em busca de soluções para a conservação dos meros e, assim, preencher lacunas de conhecimento e, também, expandir e fortalecer a nossa atuação em todo o Atlântico”, assinala o professor e pesquisador do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas e do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical do Ceunes Mauricio Hostim, coordenador do projeto no Espírito Santo.
Segundo ele, com a criação da Rede será possível identificar o status de conservação do peixe mero em diferentes regiões do Atlântico.
O projeto de pesquisa e extensão atua com os laboratórios de Pesca e Aquicultura, de Genética e Conservação Animal, e de Ecologia de Peixes Marinhos. Para mais informações acesse www.merosdobrasil.org.
Texto: Luiz Vital
Fotos: Acervo do Projeto Meros do Brasil
Edição: Thereza Marinho