Universidade Federal do Espírito Santo
A Ufes contribuirá com projetos e pesquisas para a construção de uma agenda que tratará de questões relacionadas à mulher e ao mercado de trabalho no Espírito Santo, como inclusão com equidade, qualificação profissional e combate à violência. A agenda será uma das ações da Rede Capixaba Mulher e Trabalho, criada pela Superintendência Regional do Trabalho no Espírito Santo (SRT/ES) com o objetivo de gerar oportunidades, ações e projetos voltados para a mulher no mercado de trabalho.
A Universidade é uma das instituições parceiras do projeto, juntamente com diversas entidades públicas e privadas, como a Ordem dos Advogados no Brasil (OAB/ES), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT/ES), o Ministério Público do Trabalho (MPT/ES), o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio/ES), além de centrais sindicais, do Governo do Estado, de prefeituras e de outras instituições.
A primeira reunião para o lançamento da rede ocorreu na última segunda-feira, 27 (foto). No dia 22 de março, uma nova reunião ocorrerá na sede da SRT/ES, onde será formalizada a constituição da Rede Capixaba Mulher e Trabalho por meio de um termo de compromisso, no qual também serão definidos os comitês, as equipes de trabalho e o calendário de reuniões mensais.
“A partir desta data, vamos começar a nos reunir com pesquisadores da Universidade que desenvolvem trabalhos com esta temática para contribuir para a construção dessa agenda”, afirma a assessora de Relações Interinstitucionais da Ufes, Liliana Barros, que representou a Universidade na reunião, juntamente com a coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da Ufes (Naufes), Déborah Provetti.
Questões indiretas
Segundo a Superintendência Regional do Trabalho, outras questões indiretas que permeiam a vida da mulher nas relações de trabalho também deverão ser tratadas, assim como o número de creches e vagas ofertadas e as atuais condições das unidades de saúde.
Em relação à inserção no mercado de trabalho, a Rede deverá propor mecanismos que ampliem as ofertas de trabalho para as mulheres, além de melhores condições remuneratórias e de qualidade de vida. Para isso, a Rede já conta com a parceria dos Sistemas Nacionais de Emprego (Sines) do estado e dos municípios da Grande Vitória.
“No que se refere à qualificação profissional, o Sistema S (Sebrae, Sesi, Senac, etc.), a Ufes e o Ifes também estão inseridos com o propósito de ampliação e aprimoramento das ofertas de ensino profissional e qualificação voltados para a mulher”, afirma o superintendente Regional do Trabalho, Alcimar da Silva.
Ele acrescenta que, em relação ao combate à violência praticada contra a mulher no mercado de trabalho, a Rede deverá potencializar ações já realizadas por instituições como a SRT/ES, o TRT/ES, o MPT/ES, a OAB/ES e as centrais sindicais, desenvolvendo-as de forma interinstitucional, a fim de ampliar os resultados e benefícios desejados.
Censo
Segundo dados do último censo do IBGE, realizado em 2019, foi registrado um crescimento da presença de mulheres no mercado de trabalho. No entanto, a participação feminina continua bem menor e a remuneração das mulheres ainda é 22% inferior à dos homens. Essa diferença chega a 38% em cargos gerenciais. A pesquisa também evidenciou que ter filhos pequenos está entre as muitas barreiras enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho.
Texto: Thereza Marinho, com informações da Superintendência Regional do Trabalho no Espírito Santo
Foto: Superintendência Regional do Trabalho no Espírito Santo
