Simpósio com apoio da Ufes discutirá saúde física, mental e cognitiva de pessoas com síndrome de Down. Inscrições abertas

29/08/2024 - 13:08  •  Atualizado 29/08/2024 16:59
Texto: Adriana Damasceno     Edição: Leandro Reis
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Membros da Associação Vitória Down

Pesquisadores e profissionais que atuam com saúde e desenvolvimento de Pessoas com Deficiência (PcD), em especial aquelas com síndrome de Down, se reunirão no Auditório da Capitania dos Portos, em Vitória, no dia 28 de setembro, para o 3º Simpósio T21: do momento das notícias às notícias do momento. As inscrições têm valores diferenciados por lote e categoria dos participantes (profissional, estudante ou familiar) e podem ser feitas neste link, com preços mais baixos até esta sexta-feira, 30. Pessoas com síndrome de Down têm entrada gratuita.

Os valores arrecadados serão destinados à Associação Vitória Down, parceira do Departamento de Enfermagem (DE/Ufes) na organização do simpósio. O evento vai abordar aspectos evolutivos da saúde física, mental e cognitiva de pessoas com trissomia do cromossomo 21 (T21) ao longo de suas vidas, tratando de questões relativas a pré-concepção, pós-concepção, infância, adolescência, vida adulta e envelhecimento, além de discutir formas de prevenção da violência contra a pessoa com deficiência.

Pesquisadores, professores e estudantes de graduação e pós-graduação de todas as áreas que tenham estudos sobre PcD ou especificamente sobre T21 podem inscrever seus trabalhos na categoria pôster. As inscrições devem ser feitas até o dia 30 de agosto por este e-mail.

Histórico

O evento foi idealizado com o objetivo de orientar profissionais, estudantes, familiares e pessoas com T21 em relação à rede de atenção à saúde oferecida pelo estado. Assim, em 2018, a equipe realizou o I Fórum Capixaba de Atenção à Saúde da Pessoa com T21, do qual participaram dez especialistas de São Paulo que apresentaram evidências clínicas e científicas atuais da saúde da trissomia. “A partir deste evento, verificamos a necessidade em realizar simpósios periódicos com temas específicos, para possibilitar a discussão por especialidades”, lembra a professora do DE Mariana Laignier.

O primeiro simpósio, em 2019, discutiu aspectos específicos da T21 relacionados à Fonoaudiologia, Nutrição, Odontologia e à integração destas especialidades. Já o segundo, em 2020, foi dedicado a cardiopatia, endocrinologia, genética e à introdução de aspectos de saúde da infância à vida adulta. “Atualmente, visamos dar continuidade aos eventos de capacitação e discussão sobre a saúde e qualidade de vida da pessoa com T21, que muito contribuirão para a autonomia e a inclusão social”, diz Laignier.

Esta terceira edição do simpósio contará com a presença de pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, e ligados ao Comitê Científico da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, além de especialistas do estado e familiares de pessoas com T21.

T21

A T21 determina características físicas e fisiológicas específicas à condição genética e ao atraso no desenvolvimento cognitivo e intelectual, estando associada a um conjunto de alterações, como cardiopatias congênitas, alterações oftalmológicas, auditivas, digestivas, endócrinas, locomotivas, neurológicas, hematológicas e ortodônticas.

De acordo com Laignier, a estimativa é que o Espírito Santo tenha um caso de T21 em cada 800 nascidos vivos. Segundo dados da Secretaria de Inclusão Acadêmica e Acessibilidade (Siac/Ufes), a Ufes tinha, até o mês de abril, 520 estudantes matriculados em cursos de graduação e pós-graduação e 56 servidores com registro de deficiência. “Esperamos contribuir para a formação contínua de profissionais, pesquisadores, alunos, familiares e pessoas com T21, oferecendo conhecimentos atualizados por meio de discussões com profissionais altamente reconhecidos nesta área”, ressalta.

Laignier diz que a Ufes e a Vitória Down seguirão realizando eventos para abordar especificidades das condições de saúde encontradas na T21. O 3º Simpósio T21: do momento das notícias às notícias do momento acontece com incentivo da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).

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