Nesta semana, Vitória está sendo palco mundial de debates sobre pesquisas científicas acerca de doenças infecciosas. O workshop internacional Challenges and innovative solutions for control of infectious diseases in urban environment (Desafios e soluções inovadoras para controle de doenças infecciosas em ambiente urbano), promovido pela Ufes por meio do Programa Institucional de Internacionalização (Capes/PrInt/Ufes), teve início nesta segunda-feira, 22, e vai até a próxima sexta-feira, 26, no auditório do América Centro Empresarial, em frente ao campus de Goiabeiras.
O evento reúne 140 inscritos, incluindo professores e estudantes. Entre os expositores estão pesquisadores brasileiros, de Israel, Inglaterra, Estados Unidos, Singapura, Portugal e Espanha. Os temas são relacionados a doenças infecciosas como tuberculose, leishmaniose, dengue, zika e chikungunya; e projetos da área de imunologia, relacionados a fatores do envelhecimento, que contribuem para o desenvolvimento de doenças infecciosas, entre outros.
“É uma oportunidade para que os pesquisadores da Ufes, por intermédio do programa Capes/PrInt/Ufes, possam mostrar à sociedade as ações realizadas ao longo desses últimos cinco anos, relacionadas às doenças infecciosas, sobretudo com a colaboração dos parceiros internacionais. A ciência não se faz apenas com um único resultado, se faz com base em pesquisas que são realizadas ao longo de vários anos. Vamos falar dos resultados, das parcerias, de como isso tem contribuído para o avanço da pesquisa, do conhecimento relacionado às doenças infecciosas”, afirmou o professor Moisés Palaci, coordenador do evento e do Tema 2 do Capes/PrInt/Ufes, que trata de doenças infecciosas.
O diretor de Pós-Graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Ufes, Wagner dos Santos, que participou da abertura do workshop, destacou que o evento materializa todo o esforço que a Universidade tem feito com o objetivo de ampliar a sua internacionalização. “Um dos objetivos transversais do nosso Plano de Desenvolvimento Institucional é a internacionalização. Ela é importante para ampliar parcerias e as possibilidades de fortalecimento da pesquisa, da pós-graduação e, por sua vez, também do ensino na Universidade, transformando a Ufes em uma instituição, de fato, com diálogos transnacionais”, afirmou.
O diretor do Centro de Ciências da Saúde (CCS), Helder Mauad, salientou a importância do evento na difusão das pesquisas realizadas por professores e alunos do CCS em conjunto com pesquisadores de diferentes países. “É um evento riquíssimo, com vários palestrantes, representantes de várias universidades discutindo o tema das doenças infecciosas que afetam o ambiente urbano, um tema extremamente atual. O CCS tem vários pesquisadores que atuam diretamente nessa área, pois sabemos dos problemas que vêm da característica climática tropical do nosso país. Então, é um evento de enorme importância, com essa integração entre os pesquisadores de diferentes países, com troca de conhecimentos”, disse.
Também presente na mesa de abertura do workshop, o diretor-geral da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), Rodrigo Varejão, destacou a importância da internacionalização e afirmou: “a internacionalização é nossa prioridade, não só para a pesquisa como para a inovação. Considerem a Fapes sempre como um parceiro dos projetos da Universidade”.
O que é o PrInt?
O Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) é um programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que visa fomentar iniciativas de internacionalização nos programas de pós-graduação brasileiros. Ao todo, em 2017, foram selecionadas 36 instituições de ensino superior e institutos de pesquisa para receber fomento por quatro anos. Na Ufes, o programa teve início efetivo em 2019 e, devido à pandemia, teve o prazo estendido e terminará ao final deste ano.
Os programas de pós-graduação que participam do PrInt são os de Educação, Política Social e Saúde Coletiva, na área de Questão Social; os de Biotecnologia, Doenças Infecciosas e Saúde Coletiva, na área de Saúde Urbana; e os de Engenharia Ambiental, Engenharia Elétrica e Química, na área relacionada a Aspectos Tecnológicos.
“Esse workshop é evento específico de um dos temas do PrInt que é a saúde urbana, com foco na que chamamos de One Health, a ideia de saúde única que envolve as pessoas, o meio ambiente, a condição social da população e das cidades, uma ideia de saúde integrada”, explica o secretário de Relações Internacionais, Yuri Leite.
Ele avalia que a Ufes deu alguns passos significativos em termos de internacionalização com o Capes/PrInt/Ufes. “Nós temos programas de pós-graduação que tiveram nota elevada para nível 6, sendo um dos pré-requisitos o grau de internacionalização do programa. Então, na minha opinião, o fato de participarem do Capes-PrInt-Ufes fez toda a diferença na última avaliação da Capes”.
Foto: Sueli de Freitas